Senado terá CPIs para investigar HSBC e máfia das próteses
O banco HSBC na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que poderiam ser de origem ilícita
Dois requerimentos de criação de Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPIs) foram lidos nesta sexta-feira (27), no plenário do
Senado. O primeiro vai investigar denúncias de sonegação fiscal e evasão
de divisas envolvendo o banco HSBC, que ficou conhecido como Swiss
Leaks, e o segundo vai investigar denúncias sobre a existência de uma
máfia para comercialização de próteses e órteses no país.
O primeiro requerimento teve 33 assinaturas de senadores
– seis a mais que o mínimo necessário. Segundo as denúncias que
motivaram o pedido de CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), a
filial do banco HSBC na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que
poderiam ser de origem ilícita, além de possibilitar práticas de
sonegação fiscal. Entre os correntistas envolvidos no esquema estão 8,7
mil brasileiros – o que não quer dizer que todos tenham praticado
irregularidades.
A maior parte dos senadores que assinaram o requerimento
para criação dessa comissão é da base governista, mas há também
assinaturas dos chamados independentes, como o PSB. Pelo requerimento,
11 titulares e seis suplentes vão integrar o grupo.
A outra CPI foi proposta pelo senador Magno Malta
(PR-ES) e vai investigar denúncias de que existe uma máfia atuando no
país para a prescrição e colocação de próteses e órteses sem necessidade
por médicos. A CPI das próteses vai ser composta por sete senadores
titulares e cinco suplentes.
A partir de agora, com base nas indicações que já podem
ser feitas pelos partidos, o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL) fará as designações dos integrantes. As CPIs terão prazo de
180 dias para apresentar o resultado dos trabalhos.
Agência Brasil
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