sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Lobista Fernando Baiano depõe na sede da Polícia Federal em Curitiba



Depoimento à polícia começou por volta das 14h30 desta sexta-feira (21).
Baiano está entre as 24 pessoas que foram presas na 7ª fase da Lava Jato.

Do G1 PR
O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, começou a prestar depoimento por volta das 14h30 desta sexta-feira (21), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Ele está preso no local desde terça-feira (18), quando se entregou à polícia. Baiano era considerado foragido desde 14 de novembro, dia em que a sétima fase da Operação Lava Jato, da PF, foi deflagrada.
Baiano é apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador do PMDB no esquema de corrupção que envolve a Petrobras. Na avaliação de Mário de Oliveira Filho, advogado que defende o lobista, seu cliente está sendo usado como “bode expiatório” no processo da Lava Jato. Em delação, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa acusou o PT, PMDB e PP de receber dinheiro oriundo de propina – os partidos negam.
Na quarta-feira (19), logo após saber que o depoimento do cliente havia sido transferido para esta sexta-feira, o advogado negou que Baiano tenha a intenção de oferecer uma delação premiada à Justiça. Ele, inclusive, garantiu que quer uma acareação entre o lobista e o doleiro Alberto Youssef. “Uma coisa é ele conhecer um ou outro [do PMDB], que até deve conhecer, mas ter negócios, ser operador, isso aí é o Youssef falando o que quer. Tem que provar. […] Ele conheceu o Youssef, todo mundo conhece, mas não tem negócios. A acareação só depende do delegado”, completou.
Lava Jato
A Operação Lava Jato investiga um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões e provocou desvio de recursos da Petrobras, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A nova fase da operação policial teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras que somam R$ 59 bilhões.
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 24 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 13 pessoas, entre as quais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, continuam na cadeia.
VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)
 

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