SINTEPP PÚBLICA NOTA CONTRA POSTURA AUTORITÁRIA NAS ESCOLAS
SINTEPP – Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará
SUBSEDE DE MARABÁ
Marabá-PA, 05 de novembro de 2014.
NOTA DO SINTEPP EM
REPÚDIO A RESPONSABILIZAÇÃO E A CRIMINALIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
Nós últimos meses temos recebido uma
série de queixas dos nossos profissionais do magistério dando conta de que
estão sendo assediados, criminalizados e responsabilizados por todos os
problemas e mazelas da educação pública do município de Marabá por parte da
Secretaria Municipal de Educação.
Precisamos deixar claro que pensamos
exatamente ao contrário. Nós professores temos um papel fundamental na vida e
na formação dos nossos alunos. Porém, defendemos a tese de que não somos os únicos.
“Todos
são responsáveis pela educação de nossos estudantes”. A sociedade, os
pais os professores e as autoridades políticas e educacionais somos todos
coautores desse processo de formação dos nossos cidadãos.
O Secretário de Educação precisa
convencer a nossa categoria a se doar ainda mais, já que o sistema municipal de
educação e a sociedade não estão sendo capazes de cumprir com a sua
responsabilidade.
Os alunos têm pouco acompanhamento familiar
e a maioria das escolas estão em condições precárias! Tentar obrigar os
professores e demais profissionais do magistério a assumirem todas as
responsabilidades neste processo é, ao nosso ver, uma postura distanciada da
realidade e prática de quem pouco conhece a verdadeira realidade da educação
pública em todo o nosso país.
Avisamos ao Secretário e a todos os
técnicos em educação lotados na SEMED que estamos dispostos a fazer o bom
debate com toda a nossa categoria no sentido de ajudarmos mais ainda a melhorar
os índices cobrados pelo Sistema Educacional de nosso país, que tanto se apega
a números, mas muito pouco faz na prática para melhorar a educação pública de
nosso país.
Mas avisamos também que estamos com
uma disposição ainda maior de combater toda e qualquer forma de abuso, assédio,
ameaça e/ou tentativa de criminalização dos trabalhadores e trabalhadores em
educação.
Nossos gestores de unidade escolar
aceitaram o desafio de participar do processo de democratização do espaço
escolar. Foram eleitos pela comunidade. Mas isso não significa que agora são
responsáveis por todos os problemas da escola. O calendário escolar, foco dos
últimos problemas, deve e é discutido em todas as escolas, mas isso não significa
que depois de aprovado não possa ser alterado. Desrespeito seria não cumprir os
200 dias letivos assegurados em Lei. Precisamos fortalecer a autonomia das
escolas, do contrário, não precisaremos construir a tão sonhada Gestão
Democrática. Essa briga por poder dentro da educação em nada contribui para a
melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Sabemos que a autonomia dos
nossos diretores e da escola tem um limite, mas esses limites precisam ser
debatidos e aprovados em comum acordo entre a escola, comunidade escolar e
Secretaria Municipal de Educação.
A Coordenação
Nenhum comentário:
Postar um comentário