Internacional: Inverno pode gerar crise de assistência a 1 milhão de iraquianos e sírios

 

Jovem deslocado no Iraque. Foto: Acnur/D.Nahr

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, alertou esta terça-feira precisar de US$ 58,45 milhões para poder ajudar 1 milhão de sírios e de iraquianos durante o inverno. A quantia equivale a cerca de R$ 150 milhões.
Em Genebra, a porta-voz do Acnur informou que já foram investidos US$ 154 milhões para assistir refugiados e deslocados internos dos dois países, mas a falta de verbas está obrigando a agência a fazer “escolhas difíceis”.

Temperaturas
Para montar sua lista de prioridades, o Acnur está precisando considerar quantas crianças cada família tem, se há pessoas doentes e quais são as condições dos acampamentos.
Com a verba disponível, a agência deve conseguir ajudar apenas 240 mil iraquianos. No Curdistão, ao norte do Iraque, por exemplo, as temperaturas podem chegar a 16 graus negativos em dezembro.

Roupas e Cobertores
Na Síria, o foco é fornecer cobertores térmicos, roupas para o inverno, lençois extras de plástico e reforçar as estruturas dos abrigos. Alepo e outras áreas ao norte do país são prioridade, já que são as regiões mais frias. O Acnur tem dinheiro para ajudar 620 mil pessoas até dezembro, mas o ideal seria ajudar 1,4 milhão.

Nascimentos
O planejamento da agência é fornecer kits de proteção do frio para 37,2 mil casas; dar cupons de combustível no valor de US$ 100 para 34 mil famílias que moram acima de 1 mil metros e fogões para 18 mil famílias e também doar cobertores a 420 mil pessoas.
O programa de inverno do Acnur inclui ainda assistência a refugiados que estão vivendo no Egito, na Jordânia, no Líbano e na Turquia.
Nesta terça-feira, o Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, divulgou estatísticas oficiais sobre o total de nascimentos diários entre deslocados internos no Iraque.
Nos últimos dois meses, mais de 2,7 mil bebês nasceram entre famílias desalojadas no distrito de Duhok, cerca de 40 por dia. O Unfpa fornece assistência ao departamento de saúde local para garantir nascimentos seguros.


Com informações da Rádio ONU em Nova York