Pesquisa do Ibope aponta Dilma e Marina Silva empatadas em Segundo turno
Pesquisa nacional Ibope, feita em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo entre quinta-feira, 11, e domingo, 14, de intenção de votos para presidente mostra que em um cenário estimulado com quatro candidatos à Presidência, Dilma tem 30% das intenções de voto, contra 22% de Marina Silva (sem partido), 13% de Aécio Neves (PSDB) e 5% de Eduardo Campos (PSB).
A pesquisa mostrou que ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva é a maior beneficiada pela perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff
após o início da onda de protestos de rua em junho. Na simulação de
segundo turno entre as duas feita pelo instituto Ibope, elas aparecem
tecnicamente empatadas: a petista tem 35% contra 34% de Marina Silva. A
margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para
mais ou para menos.
Outros 19% dizem que, nesse cenário de
segundo turno, anulariam ou votariam em branco. E os 13% restantes não
souberam ou não quiseram responder. A alta taxa de branco/nulo é mais um
indicativo do descontentamento do eleitor com os políticos.
Apenas Marina consegue empatar com Dilma
nas simulações de segundo turno pesquisadas pelo Ibope. No confronto
dois a dois contra Aécio Neves (PSDB), a presidente leva 12 pontos de
vantagem: 38% a 26%. A taxa de branco/nulo, porém, sobe de 19% para 24%
nesse cenário, mostrando que parte dos eleitores que votariam em Marina
preferem anular a votar no tucano.
Contra Eduardo Campos (PSB) ou contra o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, Dilma teria uma
vantagem mais folgada do que contra Aécio. A presidente bateria o
governador de Pernambuco por 39% a 19%, e venceria Barbosa por 40% a
22%, se a eleição fosse hoje. Esses foram os únicos cenários testados
pelo Ibope como simulações de segundo turno.
Potencial de voto
A pesquisa confirma, na sondagem que
mede o potencial de voto de cada candidato, que Marina é, hoje, a
principal adversária de Dilma na corrida sucessória. O Ibope perguntou
aos eleitores qual sua atitude em relação a cada um dos presidenciáveis:
se votaria com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito
nenhum, se não sabe ou não conhece.
Desde março, o potencial de voto de
Marina cresceu de 40% para 50%. Essa é a soma dos que votariam com
certeza nela (16%) com aqueles que poderiam votar (34%). Ao mesmo tempo,
o potencial de Dilma caiu de 76% para 49%. Eles se equivalem, mas o
voto na petista ainda é mais firme: 26% votariam nela com certeza (eram
52%), enquanto outros 23% dizem que poderiam votar.
O principal problema de Dilma é que sua
rejeição mais do que dobrou em quatro meses. Em março, apenas 20% dos
eleitores diziam que não votariam nela de jeito nenhum. Agora essa taxa
subiu para 43% e, comparativamente, é a maior entre os cinco candidatos
testados pelo Ibope.
Ao mesmo tempo, o porcentual dos que
dizem que não votariam em Marina caiu de 40% para 29%. Foi a única entre
os quatro presidenciáveis da oposição que viu sua taxa de rejeição cair
além da margem de erro. Informações: Jornal O Estado de S. Paulo.
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