O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que não deixará
sua residência no Leblon, zona sul do Rio, mesmo diante dos protestos
que têm ocorrido em frente ao seu prédio. O governador disse não
considerar se mudar para a residência oficial do governo do Estado,
localizada no Palácio Laranjeiras, no bairro de mesmo nome.
A declaração foi dada em entrevista coletiva convocada pelo governo.
Cabral respondeu a sete perguntas dos jornalistas, em uma coletiva que
durou somente quinze minutos. Convocada para o meio-dia, a entrevista
começou com trinta minutos de atraso.
O governador disse ainda que recebeu na noite de quinta-feira (18) um
telefone da presidente Dilma Rousseff, que ofereceu apoio do governo
federal. Cabral disse que não aceitou ajuda do palácio do Planalto por
considerar que as forças de segurança no Rio estão preparadas para lidar
com a situação na cidade.
O governador disse ainda que, mesmo diante das manifestações que têm
ocorrido também na frente do Palácio Guanabara, sede do Governo do
Estado do Rio, não considera mudar o local onde receberá o papa
Francisco no Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira (22).
Sem citar nomes, Cabral afirmou ainda que os atos de vandalismo
registrado em manifestações na cidade têm sido estimulados por
organizações internacionais, por meio da internet. Ele disse que a
comissão que será integrada pelo Ministério Público e as forças de
segurança estadual servirão para dar celeridade às investigações desses
grupos.
"Sabemos que há presença de organizações internacionais estimulando o
vandalismo e o quebra-quebra. A internet permite um nível de comunicação
que é algo que não se tinha no passado. Por isso, essa coesão, essa
unificação, entre Ministério Público e o governo olhando a polícia e
esse vandalismo vai ser muito positivo".
Cabral chegou à coletiva com uma cópia do decreto que cria a comissão
em mãos. Questionado sobre a possibilidade de a comissão apurar também
denúncias de abusos cometidos pela polícia, o governador passou a
palavra para o secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, que disse que
integrarão a comissão representantes do Ministério Público que atuam na
auditoria militar, que julgam a atuação dos policiais militares.
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