PF libera 28 de trabalho escravo e prende dois em fazenda de Itirapuã
Trabalhadores da Bahia não receberam pagamento após um mês em SP.
MP apontou situações degradantes passadas pelos funcionários do local.
Dois homens foram presos pela Polícia Federal, na noite de quinta-feira
(18), acusados de manter 28 trabalhadores em situação parecida com a de
escravidão em uma fazenda de café, na zona rural de Itirapuã
(SP). O Ministério Público do Trabalho, que atuou em conjunto com a PF
na ação, informou que os trabalhadores da fazenda eram trazidos da
cidade de Julião (BA) para o interior de São Paulo com a promessa de que
receberiam R$ 100 por dia de trabalho. Porém, um mês após deixarem o
Nordeste eles não haviam recebido nenhum dinheiro, segundo a
Procuradoria.
Além da falta de pagamento, o MP também constatou diversas irregularidades nas condições de trabalho e no alojamento dos trabalhadores. Dormitórios velhos e em péssimo estado de conservação, falta de banheiros ou instalações adequadas para o preparo de alimentos são algumas das irregularidades relatadas na vistoria.
Segundo a procuradora, não havia água potável para consumo dos trabalhadores e alguns deles dormiam em camas forradas com papelão. Além disso, o preparo dos alimentos tinha que ser feito em fogareiros de tijolos improvisados no chão de terra e a plantação de café era usada como sanitário para os trabalhadores.
O dono da fazenda e o ajudante foram indiciados pela prática do crime de redução a condição análoga à de escravidão, cuja pena é de 2 a 8 anos de reclusão. Os trabalhadores foram levados para um hotel em Franca (SP) e devem voltar para a Bahia.
Além da falta de pagamento, o MP também constatou diversas irregularidades nas condições de trabalho e no alojamento dos trabalhadores. Dormitórios velhos e em péssimo estado de conservação, falta de banheiros ou instalações adequadas para o preparo de alimentos são algumas das irregularidades relatadas na vistoria.
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A procuradora Regina Duarte da Silva acompanhou o caso e classificou a
situação dos trabalhadores como degradante. "Eles [o dono da fazenda e o
capataz] buscavam os funcionários na Bahia e prometiam R$ 100 por dia,
mas eles não haviam recebido absolutamente nada. Isso que eles já
estavam em São Paulo há um mês", disse.Segundo a procuradora, não havia água potável para consumo dos trabalhadores e alguns deles dormiam em camas forradas com papelão. Além disso, o preparo dos alimentos tinha que ser feito em fogareiros de tijolos improvisados no chão de terra e a plantação de café era usada como sanitário para os trabalhadores.
O dono da fazenda e o ajudante foram indiciados pela prática do crime de redução a condição análoga à de escravidão, cuja pena é de 2 a 8 anos de reclusão. Os trabalhadores foram levados para um hotel em Franca (SP) e devem voltar para a Bahia.
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