Em dois momentos, a polícia agiu para conter atos de vandalismo
A passeata marcada pelas centrais sindicais para o Centro do Rio, na tarde e noite desta quinta-feira, teve cenas já vividas pelos cariocas em protestos anteriores: depredações, confrontos e bombas de gás jogadas pela Polícia Militar. No início, cerca de 2.500 manifestantes participavam do ato, que partiu da Candelária em direção à Cinelândia, quando os policiais jogaram bombas após um tumulto gerado pela prisão de um homem que quebrou uma vidraça da Igreja da Candelária.O vândalo foi levado pela polícia e a multidão revidou jogando pedras e objetos nos policiais. Os agentes montaram uma barreira ao redor da igreja. A situação foi contornada e a passeata seguiu tranquila. Mas, por volta das 19h, muito corre-corre e tumulto. Quando a passeata já contava com mais de 5.000 pessoas, a polícia voltou a agir. Segundo a PM, um grupo de cerca de 100 manifestantes vestidos de preto e com máscaras praticavam atos de vandalismo e agressões pelo Centro. Bombas de gás e de efeito moral tentaram acabar com a quebradeira.
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Os vândalos atearam fogo em objetos na Avenida Rio Branco, gerando risco de incêndio. Uma cabine da Polícia Militar na Rua da Carioca e carros de som também foram atingidos por pedras. O Batalhão de Choque reforçou a segurança na Cinelândia, onde a estação do Metrô foi fechada. Pelo menos dez suspeitos foram presos e dois menores apreendidos. Eles foram levados para a 5ª DP.
A manifestação reuniu sindicalistas, aposentados, profissionais de ensino e estudantes. Gritos de "Fora Cabral" foram ouvidos durante toda a passeata.
Entre outras reivindicações, os manifestantes pediam a valorização dos aposentados, a reforma agrária e reivindicam o fim do projeto de lei 4330, atualmente em tramitação no Congresso, que legaliza a terceirização do trabalho no Brasil.
A maior parte do público presente era formada por pessoas mais velhas, diferentemente do que se observava nas manifestações do mês passado, em que os participantes eram predominantemente jovens. Também havia estudantes presentes à concentração, com camisas de escolas.
Por medida de segurança, todas as agências bancárias ao longo da Avenida Rio Branco e no cruzamento com a Avenida Presidente Vargas, no Centro financeiro do Rio, foram cobertas por tapumes e fechadas para atendimento ao público.
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