No local, as vítimas receberam um lanche pela manhã, um kit de higiene pessoal, um cobertor e um colchonete, além do atendimento de assistentes sociais
Por: Agência Brasil
São Paulo
Marcelo Camargo/ABr
De acordo com o boletim de ocorrências, a área afetada tinha em torno de 100 barracos.No local, as vítimas receberam um lanche pela manhã, um kit de higiene pessoal, um cobertor e um colchonete, além do atendimento de assistentes sociais e representantes da Secretaria Municipal de Habitação. Embora a Defesa Civil tenha informado que o número de desabrigados chegou a 250 famílias, a Central de Atendimento Permanente e de Emergência (CAPE) registrou 505.
Segundo a Prefeitura, as famílias vão receber uma bolsa alguel no valor de R$ 400 por mês. Os moradores da Comunidade da Ilha, local atingido pelo fogo, receberão da prefeitura três meses adiantados, totalizando R$ 1,2 mil. A informação é foi divulgada em nota da assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo.
Segundo o comunicado, equipes da Secretaria Municipal da Habitação farão o cadastramento de quem terá direito a esse pagamento, entre a próxima quarta-feira (10) e quinta-feira (11). Há um projeto de erguer moradias sociais em um empreendimento na própria região do Ipiranga, próximo ao local onde as vítimas viviam, informou a prefeitura.
O vendedor autônomo Carlos Heitor de Godoy, de 32 anos, morador da comunidade, buscava informações sobre quando teria acesso à ajuda de bolsa-aluguel, mas foi aconselhado a fazer a sua ficha e aguardar orientações. Ele contou que tinha saído com a esposa e a filha de dois anos e quando retornou viu o fogo destruindo tudo a sua volta.
“É muito doloroso”, lamentou Godoy. Outra vítima do incêndio, Rosemar Dias de Souza, de 38 anos, que trabalha em um supermercado popular, na região, disse que estava dormindo e acordou com os gritos de vizinhos dando o alerta de “fogo na favela”. Ela e a filha de 14 anos levantaram da cama às pressas. “Só deu tempo de pegar os documentos e correr”, relatou.
No incêndio, que começou pouco antes da 1h da madrugada em um núcleo de dois mil metros, três pessoas morreram carbonizadas e outras quatro foram socorridas no Hospital Heliópolis. Entre os feridos estão dois jovens com idades de 22 e 23 anos e três das vítimas sofreram graves queimaduras. Pelo menos 40 moradias foram destruídas e outras 10 tiveram de ser interditadas.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o que ocorreu. As causas do incêndio serão esclarecidas por peritos do Instituto de Criminalística. De acordo com o boletim de ocorrências, a área afetada tinha em torno de 100 barracos.
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