quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Samarco entrega estudo sobre rompimento de barragens em MG

Samarco entrega estudo sobre rompimento de barragens em MG

Plano prevê cenários em caso de rompimento de 2 estruturas.
Ministério Público vai analisar teor do documento apresentado pela empresa.

Do G1 MG
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Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do Fundão e Santarém em Mariana, na Região Central de Minas. (Foto: Raquel Freitas/G1)Barragem Germano é monitorada após rompimento das barragens do Fundão em Mariana, na Região Central de Minas. (Foto: Raquel Freitas/G1)
A mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, diz que entregou nesta terça-feira (12), com um dia de atraso, o "dam break" -- plano hipotético em caso de ruptura das barragens de rejeitos de minério Germano e Santarém, em Mariana, na Região Central.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a apresentação do documento. Ao G1, o promotor Mauro Ellovitch disse que teve conhecimento da entrega apenas pela imprensa . Segundo ele, agora, o Ministério Público vai analisar o teor do estudo e verificar se a mineradora cumpriu o que foi pedido.
“O que a gente requereu era o 'dam break' e as medidas correspondentes aos impactos que forem previstos no 'dam break'. O plano de emergência que eles apresentaram antes era baseado em suposições. Se você não sabe qual vai ser o impacto previsto, você não consegue se planejar adequadamente. Por isso que o 'dam break' que era tão importante. (...) O que eles tinham antes era um plano de emergência, baseado em dados defasados, sem saber qual seria o impacto definitivamente projetado em caso de rompimento das estruturas remanescentes”, afirmou o promotor.
De acordo com a Samarco, o relatório foi elaborado por uma consultoria e revisado por técnicos da mineradora. A Justiça havia estipulado 9 de janeiro como o dia final para a entrega. Entretanto, como a data caiu no fim de semana, o prazo venceu nesta segunda-feira (11). A primeira data era 3 de dezembro, mas, no dia 16 daquele mês, a Justiça concedeu prorrogação do prazo a pedido da mineradora.

De acordo com Ellovitch, por ter descumprido o prazo, a empresa será multada. Ele afirmou que, caso a Samarco não tenha elaborado um documento nos moldes solicitados, o Ministério Público estuda pedir o aumento da multa de R$ 1 milhão por dia para R$ 5 milhões por dia. Já se a empresa tiver cumprido o que foi requerido, a multa será no valor já estabelecido.
A barragem de Fundão se rompeu, despejando um "mar de lama" que devastou o Rio Doce e chegou até o litoral. Até o momento, 17 mortes foram confirmadas e duas pessoas seguem desaparecidas. De acordo com a Samarco, nas barragens remanescentes do complexo em Mariana, os níveis de equilíbrio, em 11 de janeiro, estavam em 1,51 no Dique de Selinha – 51% acima do equilíbrio limite que é 1,0 - e 1,97 no dique principal de Germano; já em Santarém, o fator de segurança é de 1,37.
A Samarco fez obras de reforço em Germano, que foram concluídas no fim de dezembro, conforme a empresa. As intervenções em Satarém devem ser finalizadas até a segunda quinzena de fevereiro.

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