quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

'El País': Polícia sufoca manifestação do MPL contra alta da tarifa em São Paulo

'El País': Polícia sufoca manifestação do MPL contra alta da tarifa em São Paulo

Marcha nem chegou a sair da concentração quando foi reprimida por PMs

Matéria publicada nesta quarta-feira (13) no jornal El País, conta que a segunda manifestação do ano contra o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo, que subiu de 3,50 para 3,80 reais no sábado, foi literalmente sufocada nesta terça-feira pela Polícia Militar, sob comando do Governo Geraldo Alckmin (PSDB). Após os manifestantes se recusarem a seguir rota determinada pela PM, os soldados, que já cercavam a concentração de ativistas, utilizaram dezenas de bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes convocados pelo Movimento Passe Livre. Mais de 20 pessoas ficaram feridas e ao menos oito foram detidas.
O tumulto foi iniciado antes mesmo da marcha sair. A concentração do ato foi na Praça do Ciclista, no encontro da avenida Paulista com a rua da Consolação. Ali, a Polícia Militar e policiais da Tropa de Choque fizeram um isolamento da área, permitindo a entrada somente pela rua da Consolação, por uma pequena passagem. Todo o resto dos acessos estavam bloqueados pela polícia. Nem mesmo a imprensa era autorizada a passar. As ruas adjacentes também estavam bloqueadas. Todas as possíveis rotas de fuga tinham cordões de policiais. Os sinais do que poderia acontecer na sequência já estavam claros.
A reportagem afirma que a Secretaria de Segurança Pública havia determinado que a manifestação deveria descer pela rua da Consolação em direção ao centro da cidade. Por isso, fechou as vias ao redor do local. Os manifestantes, porém, queriam seguir para o Largo da Batata, na direção oposta à decidida pela Polícia Militar. Era uma questão de tempo - e pouco tempo - para que a PM reagisse. Os adeptos da tática black bloc, que sempre ficam na dianteira dos atos, tentaram romper o cordão de isolamento da Polícia, que reagiu prontamente jogando diversas bombas de gás em direção aos manifestantes. Encurralados na área entre a Paulista, a Consolação e a Bela Cintra, não conseguiam fugir das bombas, enquanto diversos jornalistas foram impedidos, pelo cordão policial, de entrar no local e registrar os abusos.

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