quinta-feira, 19 de junho de 2014

Refinaria iraquiana cai nas mãos dos jihadistas

Refinaria iraquiana cai nas mãos dos jihadistas

Primeiro-ministro Nuri Al-Maliki pediu aos terroristas que deponham as armas, mas estes responderam com um ataque a uma refinaria onde são produzidos 300 mil barris de petróleo por dia.
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As forças de segurança curdas juntam-se ao exército iraquiano no combate aos militantes do EIIL
As forças de segurança curdas juntam-se ao exército iraquiano no combate aos militantes do EIIL / Reuters
A maior refinaria de petróleo do Iraque, 210 quilómetros a norte de Bagdade, foi atacada na madrugada desta quarta-feira por extremistas islâmicos. Um responsável pela refinaria disse à "Reuters" que os terroristas controlam 75% das instalações, entre as quais "unidades de produção, o edifício administrativo e quatro torres de vigia".
Por volta das duas da manhã, os assaltantes atacaram duas das três principais entradas da refinaria. Seguiu-se um intenso tiroteio entre as forças governamentais e os jihadistas, que envolveu disparos de morteiro e de metralhadora. Um armazém com peças de manutenção foi incendiado e alguns reservatórios de petróleo destruídos.
Alguns trabalhadores estrangeiros foram transferidos antes do ataque, mas os funcionários locais mantiveram-se nos seus postos de trabalho, enquanto militares iraquianos tentavam defender as instalações. O exército iraquiano dá conta da morte de 40 terroristas durante o ataque, reivindicação que ainda não foi confirmada. 
A refinaria de Baji produz mais de um quarto do total do petróleo refinado no país - 300 mil barris por dia -, para consumo doméstico e abastecimento de centrais elétricas.

Al-Maliki acusa Arábia Saudita
Há cerca de duas semanas que sunitas radicais e militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) avançam sobre várias cidades do norte do Iraque, levando a cabo massacres e destruindo tudo à sua passagem. Relatos dão conta de combates na cidade oriental de Ramadi, bem como de ataques aéreos do exército iraquiano contra os rebeldes que se encontram já a 60 quilómetros da capital, Bagdade.
Em declarações gravadas na capital, e transmitidas pela televisão iraquiana esta terça-feira, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki apelou à unidade nacional e à deposição das armas de todas forças não-governamentais. Al-Maliki demitiu quatro comandantes do exército iraquiano, por terem sido incapazes de travar a ofensiva no norte do país, e acusou firmemente a Arábia Saudita, de maioria sunita, de apoiar o EIIL.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani afirmou que Teerão não "poupará esforços" para defender os lugares santos xiitas no Iraque contra "mercenários, assassinos e terroristas", respondendo a alegações que dão conta da presença em Bagdade de Qasem Soleimani, chefe da força de elite Quds da Guarda Revolucionária Iraniana, para ajudar a coordenar os combates contra os islamitas radicais.

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