domingo, 22 de junho de 2014

Adolescente palestino é morto em ação militar israelense na Cisjordânia

Adolescente palestino é morto em ação militar israelense na Cisjordânia

Soldados israelenses vasculham a Cisjordânia à procura de três estudantes sequestrados.
Soldados israelenses vasculham a Cisjordânia à procura de três estudantes sequestrados.
REUTERS/Ammar Awad

Um adolescente palestino foi morto e um jovem foi gravemente ferido pelo exército israelense nesta sexta-feira (20), na Cisjordânia, durante uma operação para encontrar três estudantes de uma escola religiosa judaica, sequestrados em 12 de junho.

O exército israelense anunciou ter prendido no total quase 330 suspeitos, dos quais 240 são membros do Hamas islâmico, acusado de estar por trás do rapto, apesar de até agora nenhum grupo ter feito uma reivindicação credível do sequestro. Os militares também vasculharam 1.150 prédios em toda a Cisjordânia ocupada, sem encontrar pistas.
O adolescente de 14 anos foi morto em Dura, perto de Hebron, no sul da Cisjordânia, onde se concentram as buscas. Um outro jovem palestino já tinha sido morto a tiros na segunda-feira (16) em circunstânicas similares, no campo de refugiados de Jalazune, perto de Ramallah.
Também nesta sexta-feira, um palestino de 20 anos foi gravemente ferido na cabeça durante violentos confrontos com soldados israelenses no campo de refugiados de Qalandia, perto de Jerusalém.
O exército israelense informou ter prendido 25 pessoas nesta madrugada e registrou "confrontos esporádicos" nos quais foram usados coquetéis molotov, granadas e pedras. Um soldado foi levemente ferido por uma granada em Qalandia.
Resistência
Segundo um especialista em questões militares do jornal Israel Hayom, "Israel praticamente atingiu o limite de suas capacidades de atacar a infraestrutura do Hamas (política, econômica, civil e militar)", e suas operações encontram cada vez mais resistência por parte da população.
O presidente palestino Mahmud Abbas acusou Israel, em um discurso na noite desta quinta-feira (19), de ter "aproveitado o sequestro dos três jovens para semear o caos", e disse esperar que os três israelenses sejam encontrados vivos.
Os estudantes Eyal Yifrach, de 19 anos, Naftali Frenkel e Gilad Shaer, ambos de 16 anos, desapareceram perto de Goush Etzion, um bloco de colônias situado em uma zona inteiramente sob controle israelense na Cisjordânia ocupada.
Para tentar encontrá-los, o exército israelense lançou a operação "Guardião de nossos irmãos", sua mobilização mais importante na Cisjordânia desde o final da segunda Intifada, em 2005.
Além disso, as autoridades israelenses limitaram o acesso para a oração de sexta-feira na esplanada das Mesquitas, na parte histórica de Jerusalém-Leste, zona ocupada e anexada, por medo de confrontos.
Na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas do ponto de vista da segurança, Israel lançou antes do amanhecer quatro ataques aéreos, deixando três feridos palestinos, segundo testemunhas. Os ataques foram uma resposta a tiros de mísseis em direção ao sul de Israel.

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