domingo, 6 de novembro de 2011

Ataques matam pelo menos 150 na Nigéria, diz fonte


Ao menos 150 pessoas morreram em ataques realizados na sexta-feira, um deles suicida, contra delegacias de polícia e igrejas na cidade de Damaturu, no nordeste da Nigéria, reivindicados pela seita islâmica Boko Haram. "Contei 150 corpos no necrotério", afirmou uma fonte oficial que não quis se identificar. Segundo a mesma fonte, alguns familiares das vítimas já recolheram os corpos de seus parentes para a realização de funerais. Mais cedo, a Cruz Vermelha havia indicado a cifra de 63 mortos, enquanto a polícia apontou 53.
Fontes locais indicaram que outras centenas de pessoas ficaram feridas quando os agressores atacaram a sede da polícia, assim como três delegacias e seis igrejas, em Damaturu na sexta-feira à noite. Um dos ataques foi cometido por um suicida, que lançou seu veículo cheio de explosivos contra um prédio da polícia. "Foi um ataque suicida com bomba contra um de nossos imóveis. O agressor veio a bordo de um carro e entrou no imóvel, e os explosivos foram detonados", disse por telefone o chefe da polícia do estado de Yobe, Suleimon Lawal.
Na cidade de Maiduguri, onde o grupo terrorista radical islâmico Boko Haram tem mais presença, dois supostos suicidas morreram em decorrência da explosão das bombas que pretendiam detonar contra a sede local da Força de Intervenção Conjunta (JTF, na sigla em inglês). O porta-voz da JTF, Hassan Mohammed, declarou à imprensa local que nenhum soldado ficou ferido neste ataque, que destruiu parte dos edifícios vizinhos aos escritórios da entidade. Mohammed afirmou que houve duas outras explosões, sem vítimas, em Maiduguri na sexta-feira, o que, em sua opinião, significa que os ataques estavam coordenados.
Também no norte, na cidade de Damaturu, homens de Boko Haram irromperam fortemente armados nos escritórios locais do Grupo Antiterrorista e da Polícia Estatal.
Essas incursões provocaram um tiroteio entre os agressores e membros da Polícia, que, por enquanto, não divulgou números de vítimas. Um advogado que visitou o hospital público de Damaturu disse ter contado 60 cadáveres no necrotério do local. "Vi 60 corpos no hospital que foram levados ontem depois dos ataques", disse.
Já na cidade de Kaduna (norte), vários homens armados atacaram os fiéis que se dirigiam a uma vigília na igreja de San José, e mataram duas mulheres. Pelo menos outras 14 pessoas foram internadas em hospitais da região, enquanto um número indeterminado apresentava ferimentos menores. Esta é a sexta vez nos últimos seis meses que ocorre um ataque com essas características no estado nigeriano de Kaduna, de maioria cristã.
Grupo reivindica ataque
Um membro da seita islâmica Boko Haram reivindicou o ataque. Essa seita, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", opera no norte do país, majoritariamente muçulmano, mas com algumas comunidades cristãs.

A Boko Haram também reivindicou o ataque com explosivos do dia 26 de agosto contra a sede das Nações Unidas na capital Abuja, que deixou 24 mortos. "Somos responsáveis pelos ataques em Borno (estado cuja capital é Maiduguri) e Damaturu", afirmou por telefone à AFP este membro da seita, Abul Qaqa. "Vamos seguir atacando alvos do governo federal enquanto as forças de segurança continuarem perseguindo nossos membros e civis vulneráveis", disse o integrante da Boko Haram.
Até o momento não se sabe se este ataque era dirigido contra o quartel-general da polícia ou contra as delegacias. O nordeste da Nigéria, país mais povoado da África com mais de 160 milhões de habitantes, costuma ser alvo de ataques perpetrados por combatentes da seita islamita Boko Haram.
Com informações de agências internacionais.
Terra

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