segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Procurador fala sobre pedido do MPF para PF investigar acidente



Do Pernambuco.com
O procurador da República Anderson Wagner Goes dos Santos, se pronuncia hoje, no Recife, sobre o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que a Polícia Federal (PF) assuma as investigações sobre o acidente com o avião da Noar Linhas Aéreas, que causou a morte das 16 pessoas a bordo.
A Polícia Civil está investigando o caso desde o dia do acidente, mas o procurador da República Marcos Antônio da Silva Costa, solicitou à Justiça Federal que reconheça a competência federal na apuração de acidentes aéreos. O pedido será avaliado até o final da semana na 13ª Vara da Justiça Federal.
Caso a Justiça Federal atenda à solicitação do MPF, as investigações e perícias feitas pela polícia estadual passarão para as mãos dos agentes federais. Se a Justiça estadual não concordar com a decisão, o impasse será resolvido pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o procurador da República, “são de competência federal a investigação, processo e julgamento dos crimes que provocaram ou contribuíram, direta ou indiretamente, para a queda de avião do serviço público de navegação aérea.”
Para justificar sua posição, ele citou os artigos 21 e 109 da Constituição, que versam sobre ofensa a serviço federal e consumação de crimes a bordo de aeronave. Até o fechamento desta edição, às 21h30, o Diario tentou repercutir o assunto com o diretor geral de operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, sem sucesso. Alheio às novidades, o delegado Guilherme Mesquita manteve sua agenda de diligências. Funcionários dos departamentos de operações e manutenção da Noar devem prestar depoimentos hoje.
Ontem, os inspetores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) constataram que as informações sobre problemas na aeronave PR-NOA, relatados em um caderno escolar para uso interno da Noar Linhas Aéreas, não constam no Diário de Bordo. Segundo uma nota oficial enviada pela Anac, a Noar contrariou a legislação em vigor na aviação brasileira, já que todos os problemas ocorridos durante os voos devem ser relatados no livro oficial. A Anac instaurou auditoria para examinar os procedimentos da Noar.
As chances de que a empresa tenha a licença cassada são grandes. Os voos da Noar continuam suspensos. As investigações sobre as causas técnicas do acidente continuam sob responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

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