Juiz titular retoma posto da juíza que encurralou filho de Lula. Voltou por “motivos particulares” ou ParTiculares?
Queremos "padrão Moro" de qualidade
Desde o ano passado, Vallisney atuava como auxiliar convocado no gabinete do ministro do STJ Napoleão Nunes Filho e a permanência na função, que acabou nesta quarta-feira, poderia ser renovada por mais dois semestres consecutivos, mas alguma coisa fez Vallisney voltar correndo para o seu lugar.
Em nota ao Estadão, o STJ justificou que o “juiz pediu para sair, por motivos particulares” e não continuou porque “fez outra escolha”.
Será que os motivos foram mesmo “particulares” ou teriam sido ParTiculares? A imprensa vai perguntar a Vallisney – e investigar – quantos petistas o procuraram? Vamos acreditar na resposta?
Célia Regina (foto) fez um trabalho “padrão Moro” ao mostrar que ninguém está acima das leis e, exatamente por isso, foi atacada pelo PT, ainda que o rótulo de conservadora não cole ao seu perfil.
Ela é ligada à associação Juízes para a Democracia, movimento mais afinado com ideias de esquerda, e ainda desenvolveu sua tese de mestrado em Filosofia no livro “Racismo de Estado: uma reflexão a partir da crítica da razão governamental de Michel Foucault”, pensador queridinho dos esquerdistas.
Espero que as leis, para Vallisney, que é professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília – UnB e mantém um site onde publica até poesias, também estejam acima de afinidades políticas.
Ainda é tempo de se redimir do arquivamento do caso Erenice, braço-direito de Dilma Rousseff.
Estamos de olho, senhor juiz.
Um de seus poemas fala “da esperança / de um dia prender / o sonho à felicidade / de um velho lar / de infinita saudade”. A nossa esperança é que um dia o senhor mande prender os chefes.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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