As misteriosas linhas no deserto do Cazaquistão que podem ser vistas do espaço
- Há 5 horas
Vista do solo, a
superfície deserta da região de Turgai, no norte do Cazaquistão, parece
bastante sem graça. Mas imagens aéreas de satélites da Nasa (agência
espacial americana) revelam gigantescas figuras geométricas – que
lembram as famosas linhas de Nazca, no Peru, ou os geoglifos no norte do
Chile– que só podem ser reconhecidos vistos de cima.
São
quadrados, cruzes e outras formações que se estendem por um terreno que
equivale a vários campos de futebol. Segundo pesquisadores, as marcas
podem ter sido feitas há cerca de 8 mil anos.No total – entre montículos, valetas e terraplenagens – há pelo menos 260 traços organizados em cinco formas básicas.
A maior das estruturas, localizada próximo a um antigo assentamento do período neolítico, é um quadrado formado por 101 montículos, cujas esquinas opostas são conectadas por uma cruz em diagonal.
A área combinada desta formação é superior à da grande pirâmide de Quéops, no Egito.
Leia também: 'Cidade fantasma' de US$ 1 bi é criada para não ter nenhum habitante
Leia também: Como matemático inventou há mais de 150 anos a fórmula das buscas usada pelo Google
Observatórios
Estes
desenhos incomuns foram descobertos em 2007 por Dmitryi Dey, economista
e amante da arqueologia, com a ajuda do Google Earth.Desde então, a origem e a função das formações continuam intrigando os pesquisadores.
Dey, no entanto, não acredita que os desenhos foram criados para serem vistos de cima.
Para ele, o mais provável é que as figuras criadas pelas linhas pontuadas de montículos fossem "observatórios horizontais para acompanhar o movimento do sol nascente", uma teoria também usada para explicar o propósito de Stonehenge, o famoso monumento de pedra no sul da Inglaterra.
Na pré-história, tribos viajavam para caçar nesta região.
De acordo com Dey, a cultura Mahanzhar, que habitava a região entre os anos 7.000 a.C. e 5.000 a.C., poderia ter criado algumas das formas mais antigas.
Veja também: Animais ameaçados ganham retratos de estúdio para 'Arca' fotográfica
Mais fotos
A proposta de Dey põe em dúvida as ideias estabelecidas sobre as culturas nômades pré-históricas, já que até agora se acreditava que os grupos caçadores-coletores não permaneciam tempo suficiente em um lugar para criar estruturas com a escala das que foram encontradas no Cazaquistão.Matuzeviciute também resiste em classificar estas linhas de geoglifos, como as linhas de Nazca, no Peru, já que este nome é usado quando o propósito das formações é artístico, e não quando o objeto tem uma função.
Até o momento, o estudo destas estruturas avança a passos lentos e os pesquisadores esperam que a divulgação das fotos da Nasa ajude a aumentar o interesse pelo tema.
A Nasa, por sua vez, certamente está interessada: incluiu a obtenção de imagens como estas na lista de tarefas dos astronautas que estão atualmente a bordo da Estação Espacial Internacional, que esta semana celebra o 15º aniversário de sua ocupação contínua por astronautas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário