Aécio diz agora que decisão do PSDB sobre Cunha influencia sociedade
Partido que demorou meses para romper com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e só o fez porque a imagem do peemedebista deve deslegitimar um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma, de grande interesse dos tucanos, "já começa a influenciar outras forças partidárias e principalmente setores da sociedade" ao ter pedido o afastamento de Cunha, nas palavras do presidente da legenda, Aécio Neves (PSDB)247 - O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), disse que o PSDB agiu corretamente ao decidir se afastar do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, sem qualquer pingo de vergonha, afirmou que a sigla "já começa a influenciar outras forças partidárias e principalmente setores da sociedade".
Os tucanos demoraram meses para romper com Cunha, alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção - é acusado de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato - e alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. Apenas ontem, e não pela "ética", conforme afirmou em nota, o PSDB divulgou uma nota em que pedia o afastamento de Cunha.
Por trás da decisão do PSDB está a conclusão de que Cunha não é mais capaz de levar adiante, com legitimidade, um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, como era esperado pelos tucanos. A ideia, agora, é fazê-lo se afastar o quanto antes para colocar em seu lugar um nome que não afunde a iniciativa - de grande interesse do partido.
Para o presidente do PSDB, Cunha demorou demais para abrir o processo de impeachment de Dilma. "Lamento que isso tenha demorado tanto tempo. A meu ver esse assunto já deveria estar sendo discutido na Casa", disse Aécio. Ele também afirmou que o partido não irá se pautar "exclusivamente à expectativa se vai ser aceito o afastamento" da presidente Dilma.
"Dilma cometeu crime de responsabilidade. A não discussão significa quase que dar um salvo conduto à presidente da República, dizendo o seguinte: para presidente da República, em especial na reeleição, pode-se cometer qualquer crime. Pode pegar dinheiro de propina e usar na campanha, pode-se fazer pedalada, pode-se descumprir Lei de Responsabilidade Fiscal. Tenho certeza que não é isso que o País quer", disparou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário