Caixa-preta gravou som de explosão a bordo, diz TV francesa sobre Airbus
Depois de dias negando a hipótese de atentado, Moscou suspendeu voos pro Egito. Aumentou a tensão entre turistas que não conseguem sair.
Foi uma reviravolta. A medida é um sinal de que os russos começam a acreditar que o avião que caiu no sábado (31) foi alvo de terroristas, embora não reconheçam isso oficialmente. O Airbus partiu do balneário egípcio em direção a São Petersburgo, na Rússia. Os 224 russos a bordo morreram. O piloto, Valery Nemov, foi enterrado nesta sexta-feira (6) com honras militares.
A imprensa britânica informou que os serviços de espionagem do país investigam a suspeita de que uma bomba teria explodido no compartimento de carga. Ela teria sido colocada, por um funcionário do aeroporto, dentro de uma mala ou em cima de uma pilha de malas antes de serem embarcadas. Essa pista veio de escutas de conversas telefônicas entre integrantes de grupos terroristas que agem na Península do Sinai, onde caiu o avião.
Uma outra informação reforça a suspeita de bomba. Um investigador que teve acesso às caixas pretas afirmou a uma TV francesa que é possível ouvir o barulho de uma explosão. Ele descartou problemas na turbina.
Turistas britânicos dizem que antes da queda, era muito fácil burlar a segurança do aeroporto de Sharm El Sheik. Um casal, que esteve lá em fevereiro, disse que bastava pagar o equivalente a R$ 120 para evitar filas e a revista nas bagagens.
Agora, a vistoria passou a ser rigorosa. Os britânicos que embarcaram nos voos de emergência de volta para casa a trazer apenas bagagem de mão. Os aviões voam com o compartimento de carga vazio. As malas maiores vêm em outros voos, somente com carga, sem passageiros.
A dificuldade de aplicar essas medidas foi, segundo o governo egípcio, o que impediu a maioria dos britânicos que estão do balneário de retornar nesta sexta. Dos 29 voos de resgate previstos, só 8 decolaram.
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