quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Morre rei Abdullah, da Arábia Saudita, e Salman assume reinado

Morre rei Abdullah, da Arábia Saudita, e Salman assume reinado

O rei Abdullah, da Arábia Saudita, aguarda o início de um encontro com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no Palácio Real, em Jeddah, em setembro. 11/08/2014 Foto: Brendan Smialowski / Reuters
O rei Abdullah, da Arábia Saudita, aguarda o início de um encontro com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no Palácio Real, em Jeddah, em setembro. 11/08/2014
Foto: Brendan Smialowski / Reuters
Morreu o rei Abdullah, da Arábia Saudita, afirmou a televisão estatal na manhã de sexta-feira (horário local), e o irmão dele, Salman, assumiu o reinado, de acordo com um comunicado atribuído ao próprio Salman.
O rei Salman nomeou Muqrin como príncipe herdeiro e seu sucessor.
"Sua Alteza Salman bin Abdulaziz Al Saud e todos os membros da família e da nação lamentam (a perda do) Guardião das Duas Mesquitas Sagradas, rei Abdullah bin Abdulaziz, que morreu exatamente à 1h desta manhã", disse o comunicado.
Abdullah, que teria nascido em 1923, governava a Arábia Saudita como rei desde 2006, mas liderou o país como governante de facto durante os dez anos anteriores, depois que seu antecessor, rei Fahd, sofreu um derrame que o enfraqueceu.
Está em jogo, junto à nomeação de Salman como rei, a futura direção do mais importante aliado árabe dos Estados Unidos num momento de turbulência sem precedentes em todo o Oriente Médio.
Abdullah desempenhou um papel importante no apoio da Arábia Saudita, de maioria sunita, ao governo do Egito depois da intervenção militar em 2012 e liderou o suporte do seu país à rebelião contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad.
O rei Salman, que deve ter 79 anos, era príncipe herdeiro e ministro da Defesa desde 2012. Ele governou a província de Riad nas cinco décadas anteriores.
Ao nomear imediatamente Muqrin como seu herdeiro, o que está sujeito à aprovação do conselho familiar, Salman agiu rápido para evitar especulações sobre a sucessão real no maior país exportador de petróleo do mundo.
A Arábia Saudita, que detém mais de um quinto das reservas de petróleo do planeta, também exerce alguma influência sobre a comunidade de 1,6 bilhão de muçulmanos por abrigar Meca e Medina, os locais mais sagrados do Islã.
(Reportagem de Angus McDowall e Ahmed Tolba, no Cairo)

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