quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Air Asia: mergulhadores avistam cauda do avião no Mar de Java

Air Asia: mergulhadores avistam cauda do avião no Mar de Java

Mergulhadores e submarinos robôs avistam cauda de Airbus no Mar de Java
Equipes de buscas afirmaram ter localizado a cauda do Airbus A320-200 da AirAsia desaparecido desde o dia 27.
É nesta parte da aeronave que ficam localizadas as caixas-pretas, que podem ter registrado os dados dos momentos finais do voo QZ8501 - o que dá esperanças às autoridades de ter informações mais detalhadas sobre o que causou o acidente.
"Nós encontramos a cauda, que era o nosso principal objetivo do dia", disse Bambang Soelistyo, que coordena os esforços de buscas.
A estrutura foi avistada por mergulhadores e por meio de submarinos robôs com câmeras, mas não foi retirada do oceano. Ela é o primeiro pedaço significativo da fuselagem do avião a ser identificado durante os trabalhos de buscas.
Autoridades acreditam que a maioria dos destroços do avião está no fundo do Mar de Java, a pelo menos 25m de profundidade.
O chefe executivo da AirAsia, Tony Fernandes, comentou a notícia da identificação da cauda em sua conta no Twitter. Ele afirmou que as caixas pretas poderm estar lá e reforçou a necessidade de se recuperar os corpos das vítimas para aliviar a dor das famílias.
O voo QZ8501 desapareceu enquanto seguia de Surabaya, na Indonésia, para Cingapura. Tinha 162 pessoas a bordo e nenhum sobrevivente foi encontrado.
Leia mais: O que se sabe sobre o sumiço do avião da AirAsia
As equipes de resgate já encontraram 40 corpos e partes dos destroços.
O mau tempo impediu as equipes de resgate de confirmar se a cauda do avião foi realmente encontrada
Autoridades indonésias expandiram a área de buscas e agora estão estão se concentrando numa região localizada a 166km da ilha de Bornéu, onde diversos objetos grandes que podem ser parte do Airbus A320-200 foram avistados por aeronaves de reconhecimento.
Autoridades envolvidas nas buscas disseram acreditar que fortes correntes marítimas estão empurrando os destroços para longe da área onde o avião fez o último contato com os controladores de voo. Segundo a correspondente da BBC em Jakarta, Karishma Vaswani, essa teoria é reforçada pelo fato da cauda te sido avistada na área de buscas expandida e não na região inicial onde os esforços eram concentrados.
Cerca de 30 navios estão envolvidos nas buscas. No fim de semana sonares identificaram o que poderiam ser grandes partes do avião, mas até agora apenas a cauda foi avistada por mergulhadores.

Novas regras

O voo QZ8501 tinha 137 passageiros, sendo 17 crianças e um bebê, além de dois pilotos e cinco comissários de bordo. A maioria era formada por indonésios.
Leia mais: Voo QZ8501: Equipes encontram 'quatro grandes objetos' no mar
Até agora, 37 corpos foram encontrados. O voo tinha 162 pessoas a bordo, a maioria delas da Indonésia
O governo da Indonésia ofereceu a parentes das vítimas a chance de visitar o local do desparecimento da aeronave. Eles voariam até Pangkalan Bun, a cidade mais próxima de onde os corpos começaram a ser encontrados, e de lá seguiriam de navio para a região das buscas para jogar flores ao mar. Para o chefe das forças armadas da Indonésia, general Moeldoko, a visita poderá ajudar os parentes a "diminuir a sensação de perda".
Moeldoko também prometeu que todas as vítimas serão identificadas independentemente da condição em que forem encontradas.
Aviões de reconhecimento avistaram possíveis destroços numa área a 166km da ilha de Bornéu
Ao todo, 260 médicos indonésios e estrangeiros estão trabalhando na identificação das vítimas, analisando impressões digitais, registros de arcada dentária, e DNA.
As autoridades da Indonésia informaram ainda ter suspenso os voos da AirAsia na rota Surabaya-Cingapura enquanto investigam como o voo QZ8501 recebeu autorização para partir no sábado apesar de a companhia não ter permissão para operar naquela rota no dia.
Numa entrevista coletiva na segunda-feira, um representante do Ministério do Transporte, Djoko Murjatmojo, informou que funcionários envolvidos no caso foram movidos para outras funções. O ministério também impôs uma diretiva que obriga os pilotos a comparecer a um briefing sobre condições climáticas e outros assuntos operacionais antes de decolar.

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