Piloto do avião de Campos tentou minimizar impacto da queda, diz delegado
Aldo Galeano informou ainda que a Polícia Civil apura se houve homicídio culposo. “[Vamos apurar] se houve negligência, imperícia ou imprudência"
O delegado da Polícia Civil e diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter) de Santos, Aldo Galeano, disse hoje (14) que, embora a investigação das causas do acidente fique a cargo da Aeronáutica, pela dinâmica da descida do jato, é provável que o piloto estivesse consciente no momento da queda.
“O avião caiu num lugar que tinha um certo espaço e ele procurou enfiar o bico no meio do bambuzal para amortecer a velocidade do impacto, talvez tentando salvar alguma vida”, declarou. Segundo ele, após uma observação do mapa da área, repleto de prédios, o jato caiu no único espaço amplo, com alguma condição de pouso.
Galeano declarou que a prioridade da polícia, neste momento, é liberar
os corpos de Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, e dos
seis membros de sua comitiva que morreram ontem (13) em um acidente
aéreo em Santos. “A gente quer acelerar essa parte para as famílias
terem um conforto de pelo menos velar as pessoas que se vitimaram”,
disse ele.
Após
uma observação do mapa da área, repleto de prédios, o jato caiu no
único espaço amplo, com alguma condição de pouso (Foto: Matheus Tagé/DL)
Segundo o delegado, o prazo para liberação dos corpos, que estão no
Instituto Médico Legal (IML) na capital paulista, vai variar de dois a
três dias. Os restos mortais serão separados conforme o material
genético recolhido. Esse trabalho depende também do tempo de demora da
chegada de amostras de DNA dos familiares das vítimas.
Aldo Galeano informou ainda que a Polícia Civil apura se houve homicídio
culposo. “[Vamos apurar] se houve negligência, imperícia ou
imprudência. Isso pode envolver desde o piloto - se foi uma falha
humana, estaria extinta a punibilidade porque ele faleceu no acidente, e
pode envolver problemas de manutenção, de defeito da aeronave”, disse.
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