Presidenciável do PSB aparenta
nervosismo diante de perguntas sobre familiares na máquina pública, mas
encontra espaço para reafirmar discurso da oposição
Campos foi questionado sobre algumas propostas, como o passe livre para estudantes no transporte público
São Paulo – O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi o convidado desta terça-feira (12) do Jornal Nacional,
da TV Globo, para a série de entrevistas com os candidatos a presidente
nas eleições deste ano. A primeira entrevista, do senador Aécio Neves
(PSDB), foi ao ar na segunda-feira (11) e surpreendeu pela insistência
dos entrevistadores William Bonner e Patrícia Poeta em temas
desconfortáveis para a campanha tucana, como o aeroporto que autorizou
ao lado de uma fazenda de sua família. Desta vez, Bonner fez questão de
frisar que o objetivo das entrevistas do "JN" é falar sobre "temas
polêmicos das campanhas" à Presidência.
Campos, no entanto, enfrentou menos perguntas agressivas do que a contraparte tucana: o "JN" não citou, por exemplo, as denúncias de que a campanha de Campos teria oferecido R$ 6 milhões a Pros e PP em troca de apoio e tempo de televisão, e não discutiu questões da gestão no Pernambuco, como o envolvimento de Campos, então secretário estadual da Fazenda, em fraudes no pagamento de precatórios que podem ter causado prejuízo de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. Patrícia questionou o candidato, no entanto, sobre a nomeação de sua mãe, de um primo e de um primo de sua esposa a cargos no Tribunal de Contas da União e no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco.
"O Brasil tem de fazer uma reforma constitucional para acabar com os cargos vitalícios no Judiciário, para oxigenar os tribunais, e garantir que os processos de nomeação sejam mais impessoais", cedeu Campos, após tentar explicar que os parentes foram selecionados para as posições que ocupam por meio de votações no legislativo nacional e estadual. Campos foi questionado ainda sobre a viabilidade de algumas propostas, como o passe livre para estudantes no transporte público, em um contexto em que, no entendimento da política editorial do Jornal Nacional, são necessários "cortes profundos" no orçamento da União para combater a inflação.
Com respostas curtas e avesso ao enfrentamento com os entrevistadores, Campos, diferentemente de Aécio, teve tempo para reforçar o discurso das campanhas de oposição sobre a situação da economia brasileira: afirmou que o governo de Dilma Rousseff (PT) "derrete o emprego", "deixou voltar a inflação", que há necessidade de "regras claras" para incentivar o mercado financeiro, que há crise no setor energético e que a prioridade do país deve ser a retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Campos repetiu até piada que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem utilizado em eventos de campanha: de que o Brasil primeiro perdeu de 7 a 1 em campo, contra a Alemanha na Copa do Mundo, e agora perde de 7 a 1 na economia, com 7% de inflação (a taxa atual é de 6,3%) e 1% de crescimento da economia.
Amanhã (13), a entrevistada do Jornal Nacional será a presidenta Dilma Rousseff (PT), e, na quinta-feira (14), o entrevistado será o pastor Everaldo, candidato a presidente pelo PSC.
Campos, no entanto, enfrentou menos perguntas agressivas do que a contraparte tucana: o "JN" não citou, por exemplo, as denúncias de que a campanha de Campos teria oferecido R$ 6 milhões a Pros e PP em troca de apoio e tempo de televisão, e não discutiu questões da gestão no Pernambuco, como o envolvimento de Campos, então secretário estadual da Fazenda, em fraudes no pagamento de precatórios que podem ter causado prejuízo de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. Patrícia questionou o candidato, no entanto, sobre a nomeação de sua mãe, de um primo e de um primo de sua esposa a cargos no Tribunal de Contas da União e no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco.
"O Brasil tem de fazer uma reforma constitucional para acabar com os cargos vitalícios no Judiciário, para oxigenar os tribunais, e garantir que os processos de nomeação sejam mais impessoais", cedeu Campos, após tentar explicar que os parentes foram selecionados para as posições que ocupam por meio de votações no legislativo nacional e estadual. Campos foi questionado ainda sobre a viabilidade de algumas propostas, como o passe livre para estudantes no transporte público, em um contexto em que, no entendimento da política editorial do Jornal Nacional, são necessários "cortes profundos" no orçamento da União para combater a inflação.
Com respostas curtas e avesso ao enfrentamento com os entrevistadores, Campos, diferentemente de Aécio, teve tempo para reforçar o discurso das campanhas de oposição sobre a situação da economia brasileira: afirmou que o governo de Dilma Rousseff (PT) "derrete o emprego", "deixou voltar a inflação", que há necessidade de "regras claras" para incentivar o mercado financeiro, que há crise no setor energético e que a prioridade do país deve ser a retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Campos repetiu até piada que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem utilizado em eventos de campanha: de que o Brasil primeiro perdeu de 7 a 1 em campo, contra a Alemanha na Copa do Mundo, e agora perde de 7 a 1 na economia, com 7% de inflação (a taxa atual é de 6,3%) e 1% de crescimento da economia.
Amanhã (13), a entrevistada do Jornal Nacional será a presidenta Dilma Rousseff (PT), e, na quinta-feira (14), o entrevistado será o pastor Everaldo, candidato a presidente pelo PSC.
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