Asteroide com mais de 1 km está vindo em direção à Terra e astrônomos não sabem como desviá-lo
Os pesquisadores, que estudam a rocha,
dizem que ela gira tão rápido que deveria ter se quebrado, mas por uma estranha
razão permanece intacta em sua trajetória em direção ao planeta Terra.
Astrônomos acreditam que ela permaneça
sólida por forças de coesão, conhecidas como Van der Waals. Embora isso seja um
grande avanço na pesquisa sobre os asteroides, os cientistas admitiram que não
sabem ainda como pará-lo ou desviá-lo.
A descoberta foi feita por
pesquisadores da Universidade do Tennessee. Pesquisas anteriores mostraram que
asteroides são, na verdade, diversas “pilhas” de material rochoso soltos, porém
unidos fortemente pela gravidade e pelo atrito. No entanto, a pesquisa da
universidade mostrou que o asteroide denominado 1950 DA gira tão rápido que
desafia essas forças.
Com 1.000 metros de diâmetro, ele gira
rápido demais para seu tamanho. Esse ritmo deveria fazer a rocha se despedaçar,
mas ela não demonstra nenhum sinal que isso irá ocorrer.
Com base nos dados que os cientistas
conseguiram coletar, até o momento, a chance de impacto com a Terra é de 1 em
300, algo assustadoramente considerável, tornando-se uma chance real de
colisão.
“Nós descobrimos que 1950 DA está girando mais rápido do que o limite de
ruptura para sua densidade. Então, se apenas a gravidade estivesse segurando
este monte de pedras em conjunto, como geralmente se supõe, elas voariam uma
das outras. Portanto, forças de coesão devem estar segurando-as”, disse
Joshua Emery, professor assistente no Departamento de Ciências da Terra e
Planetária da universidade.
Na verdade, sua rotação é tão rápida
que em seu equador ele tem a chamada ‘gravidade negativa’. Se um astronauta
tentasse ficar em sua superfície, seria sumariamente arremessado para o espaço.
Algumas teorias acreditavam que os
asteroides pudessem ter forças de coesão, mas até o momento isso não havia sido
observado em nenhum. O estudo sobre 1950 DA foi publicado na revista Nature, despertando um interesse maciço dos cientistas em encontrar
maneiras potenciais para defender a Terra.
O asteroide em questão poderá ser
observado com mais detalhes a partir de 2032. Apesar do certo receio, existem
vários aspectos que podem alterar sua trajetória: taxa de rotação, composição
química, massa, interações gravitacionais com outros pequenos objetos cósmicos,
etc.
R7 Discovery/DailyMail
Fotos reprodução: R7/DomínioJovem/ArquivoUFO/DailyMail
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