quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Coordenador de Campos rompe com Marina e deixa campanha


"Ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo", disse o secretário-geral do PSB
Folhapress
Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos, disse à Folha nesta quinta-feira (21) que não seguirá na função ao lado de Marina Silva. “Pela maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: 'a senhora está cortada das minhas relações pessoais”, disse Siqueira à reportagem. 
"Ela foi muito deselegante comigo.
Eu disse que não aceitaria aquilo", disse Siqueira
(Foto: Reprodução)
O rompimento de Siqueira, militante histórico do partido, revela o quão difícil será a nova realidade eleitoral para o PSB. “Não houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora”, completou.
Carlos Siqueira não quis contar detalhes da reunião. Segundo a reportagem apurou, entretanto, Marina chegou a dizer a ele que não precisaria mais se preocupar com a coordenação da campanha. Ele reagiu prontamente pela forma dita.
“Se ela comete uma deselegância no dia em que está sendo anunciada candidata, imagine no resto. Com ela não quero conversa”, disse. Durante reunião nesta quarta, que durou cerca de seis horas em Brasília, Marina colocou o deputado Walter Feldman na coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira. Bazileu Margarido, que estava na vaga que agora é de Feldman, foi nomeado titular do comitê financeiro.
Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto. O PSB superou divergências internas para lançar a ex-senadora como candidata.
Na quarta-feira (20), sua candidatura foi oficializada. Marina se comprometeu a manter os acordos regionais fechados por Campos, mas reafirmou que não irá subir em palanques como os de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em que o PSB apoia candidatos do PSDB.
A ex-senadora foi contrária a várias alianças locais e comunicou que vai manter sua posição. O presidente do PSB, Roberto Amaral, já disse que Marina não precisará permanecer no partido caso seja eleita. Ela organiza a criação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade. 

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