União Europeia pede investigação sobre onda de violência em Odessa
"A União Europeia pede que todas as partes mantenham a calma e não usem essa tragédia para atiçar mais ódio, divisões e violência gratuita”, disse Ashton. A diplomata também enviou “condolências para as famílias das vítimas” de uma “violência cega”.
Sem apontar suspeitos, a representante da UE conclamou o povo ucraniano a superar as divisões internas “alimentadas de forma artificial nos últimos meses”. Já o serviço de segurança da Ucrânia foi mais direto. “Os conflitos, que ocorreram em 2 de maio em Odessa e causaram confrontos e muitas mortes, aconteceram por interferência estrangeira", disse o órgão.
O governo ucraniano afirma ainda que tanto a Rússia quanto o presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovich, querem desestabilizar o país para atrapalhar as eleições presidenciais previstas para o próximo dia 25 de maio.
Saldo de vítimas
Segundo a polícia local 42 pessoas morreram ontem em Odessa durante combates entre os defensores da unidade territorial e política da Ucrânia e os separatistas pró-russos. Entre as vítimas, estão dezenas de militantes pró-russos que se abrigavam em um prédio que pegou fogo. De acordo com o governo ucraniano, o incêndio foi criminoso.
Rússia pede apoio dos EUA
O chanceler russo, Serguei Lavrov, pediu hoje que os Estados Unidos convençam o governo ucraniano a parar com a ofensiva militar contra os rebeldes. “Uma operação de punição no sudeste da Ucrânia mergulha o país em um conflito fratricida”, disse Lavrov em uma conversa por telefone com seu colega americano John Kerry.
Neste sábado, o Kremilin voltou a acusar o governo ucraniano e seus aliados ocidentais pelas mortes em Odessa e pela escalada da violência no leste do país. Segundo o governo russo, Moscou “perdeu a sua influência” nas comunidades russófonas ucranianas. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou hoje que a Rússia não conseguirá convencer os separatistas de se “desarmarem” diante da “ameaça direta que paira sobre as suas vidas”. No contexto atual de violência, a Rússia também considerou "absurda" a manutenção da eleição presidencial no próximo dia 25 de maio.
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