Exército deixa Complexo da Maré até junho, diz ministro
Forças Armadas estão desde abril de 2014 na região e sua permanência foi prorrogada além do estipulado inicialmente
O Exército deixará, gradualmente, como
força de pacificação, o conjunto de favelas da Maré, na zona norte do
Rio, até o mês de junho. A informação foi dada nesta segunda-feira (2)
pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, durante aula magna na Escola de
Guerra Naval, na zona sul da capital fluminense.

Força de Pacificação não deve se estender por tempo indeterminado, lembrou Jaques Wagner
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
De acordo com o ministro, a saída do efetivo foi
acertada com o governador Luiz Fernando Pezão. Wagner salientou que a
permanência da Força de Pacificação não deve se estender por tempo
indeterminado, conforme a lei.
As Forças Armadas estão na região desde abril de 2014. A
última previsão de saída das tropas da Maré foi discutida em dezembro
do ano passado. O pedido para a prorrogação da permanência da força foi
feito oficialmente em dezembro pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz
Fernando Pezão.
Desde a ocupação da Maré, mais de 30 pessoas morreram em
confrontos com os militares. Moradores também relatam abusos cometidos
pelos integrantes da Força de Pacificação. O Exército negou ter cometido
violações.
Desde abril até o fim do ano passado, 286 pessoas foram
presas por crime comum, 95 por crime militar e 147 menores foram
encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente por
terem cometido atos infracionais, sobretudo, relacionados ao tráfico de
drogas.
Agência Brasil
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