quinta-feira, 8 de maio de 2014

Espiões interceptaram e-mails de Juan Manuel Santos

Espiões interceptaram e-mails de Juan Manuel Santos

Segundo o procurador-geral Luis Eduardo Montealegre, o centro de espionagem era operado pelo engenheiro Andrés Fernando Sepúlveda

por Estadão Conteúdo
Autoridades colombianas descobriram hoje, em Bogotá, uma sala de espionagem ilegal usada, segundo a Procuradoria, para interceptar e-mails do presidente Juan Manuel Santos e de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) envolvidos nas negociações de paz em Havana.
Segundo o procurador-geral Luis Eduardo Montealegre, o centro de espionagem era operado pelo engenheiro Andrés Fernando Sepúlveda, que aparentemente não tinha relação com instituições do Estado e pretendia vender os dados, obtidos de forma ilegal.
"Trata-se de um engenheiro que tinha como objetivo interferir no processo de paz e negociar usando as informações."
Sepúlveda foi preso e acusado de espionagem e intercepção de dados.
A procuradoria também investiga se e-mails de Santos foram interceptados. "Trabalhamos com essa hipótese. A partir de importantes indícios podemos supor que, por meio dessa sala, foi possível interceptar e-mails do presidente da república", explicou Montealegre.
Espiões interceptaram e-mails do presidente da Colombia, Juan Manuel Santos (Foto: Divulgação)
Espiões interceptaram e-mails do presidente da Colombia, Juan Manuel Santos (Foto: Divulgação)
O procurador disse ainda que na sala de espionagem foram interceptados e-mails do chefe de comunicação das Farc em Havana - onde ocorrem as negociações de paz - e de jornalistas cubanos que trabalham na cobertura do diálogo. "Temos dados da interceptação de um e-mail institucional do governo e de e-mails de dois jornalistas cubanos de Havana."
Em fevereiro, a Procuradoria havia descoberto um centro de escutas ilegais da inteligência militar, de onde foram espionados negociadores do governo e jornalistas. O caso resultou na demissão de dois militares da cúpula de inteligência do Exército. Uma investigação interna das Forças Armadas não viu irregularidade na operação e o caso continua sendo investigado.

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