terça-feira, 13 de maio de 2014

Dólar fecha praticamente estável e se mantém perto de R$ 2,20


Nível é bem visto pelo BC por não prejudicar exportação nem inflação

G1
Foto: Ilustração
O dólar fechou praticamente estável nesta terça-feira (13) diante de resultados mais fracos do que o esperado sobre o varejo nos Estados Unidos, se mantendo perto do piso informal de R$ 2,20, que é considerado adequado pelo Banco Central.
A moeda caiu 0,03%, para R$ 2,215.
Na semana, o dólar se mantém praticamente estável, com queda de 0,02%. No mês, há desvalorização acumulada de 0,67% e no ano, de 6,04%.
Piso dos R$ 2,20
A queda do dólar foi limitada pela avaliação de que o Banco Central brasileiro não permitirá que a moeda fique abaixo de R$ 2,20, patamar que não afeta a inflação e que, ao mesmo tempo, não prejudica as exportações.
"O mercado não vai arriscar cair muito, porque o BC já deu sinais de que não quer que isso aconteça", afirmou à Reuters o operador de um importante banco nacional.
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps cambiais, contratos para conter a alta do dólar e equivalentes à venda futura da moeda, todos com vencimento em 2 de março de 2015 e volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária também ofertou contratos para 1º de dezembro deste ano, mas não colocou nenhum.
Em seguida, também vendeu a oferta total em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 20% do lote total para o próximo mês, que equivale a US$ 9,653 bilhões.
Dados dos EUA
As vendas no varejo norte-americano cresceram 0,1% em abril, abaixo das expectativas de analistas, e também influenciaram a moeda ao diminuir as esperanças de forte aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre.
"Os dados fracos de varejo nos EUA reduzem a possibilidade de aumento do juros precipitado [no país]", afirmou à Reuters o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
O Federal Reserve, banco central norte-americano, tem reduzido gradualmente suas medidas de estímulo econômico e tem dado sinais de que pode elevar as taxas de juros mais cedo que o esperado.
Os rendimentos da dívida pública dos EUA estão em queda e juros mais altos no exterior poderiam atrair de volta à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil, pressionando o câmbio. Com a saída de dólares do país, o valor poderia subir.

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