sábado, 27 de julho de 2013

Papa pede que Igreja 'siga contra a cultura da exclusão'



Francisco defende que líderes religiosos devem deixar as dependências da Igreja para anunciar o Evangelho


Foto: Reuters
Francisco defende a aproximação com o povo
Francisco defende a aproximação com o povo
O papa Francisco aproveitou a celebração da Santa Missa, realizada na Catedral Metropolitana exclusivamente para as autoridades religiosas , para reafirmar seus valores missionários e “o verdadeiro significado da vocação em servir a Deus”. O período de sua homilia (sermão) pôde ser considerado um puxão de orelha na Igreja já que o pontífice buscou corrigir a postura de líderes e pedir diversas vezes para que eles deixem as dependências das Igrejas.
Francisco condenou a prática de padres e sacerdotes de não saírem às ruas para anunciar o Evangelho e citou ainda que todos são chamados e conhecidos por Deus “por nome e sobrenome”. “Não podemos ficar presos e fixos dentro das paróquias, igrejas. Muitas pessoas esperam o Evangelho. Não devemos ter medo, os apóstolos já fizeram isso. Somos Chamados por Deus, por nome e sobrenome, para difundirmos o Evangelho e a alegria”.
Parte de sua pregação também citou a “cultura da exclusão” e que muitos fiéis, “sedentos da palavra de Deus”, são vítimas do modo capitalista. “Muitos foram excluídos na periferia e lá tem muita gente sedenta pela Palavra, mas sem ninguém para anunciar o Evangelho. Temos que seguir contra essa cultura da exclusão.”
O papa pediu ainda para que a Igreja retome os princípios do Antigo Testamento como ensinaram os apóstolos de Jesus. “Paulo falou aos cristãos e ajudou os jovens a redescobrir os valores e alegria da fé, que são amados pessoalmente por Deus”. Francisco disse que os jovens são os convidados ‘VIP’ das paróquias. “Se o jovem entender isso [o amor de Deus], ele seguirá com Deus por toda a vida. Assim fez Jesus com seus discípulos não ficou como a galinha com seus pintinhos, os cercando a todo tempo”.
Conhecido pela ordem jesuíta desde quando era cardeal na Argentina, Francisco ainda tranquilizou a Igreja. “Muitos têm medo da ideia de ser missionário. Acham que significa ter que deixar seu país, a família e amigos. Mas Deus quer que sejamos missionários onde estamos. Ser discípulos missionários é a parte essencial de ser cristão”, explicou.

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