segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Boate diz que incêndio no RS foi uma 'fatalidade'; 231 morreram

Soldado deixa flores durante velório de uma das vítimas de incêndio em casa noturna são velados em ginásio de Santa Maria, no RS | Marcelo Sayão - 28.jan.13/EfeA direção da boate Kiss divulgou uma nota ontem afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio que matou 231 pessoas a uma "fatalidade". A maior parte das vítimas morreu por asfixia e mais de cem pessoas também ficaram feridas.
"Lamentamos sinceramente a extensão da tragédia que excedeu a toda a normalidade e previsibilidade de qualquer atividade empresarial, creditando o terrível acontecimento a uma fatalidade que somente Deus tem condições de levar o consolo e o conforto espiritual que desejamos a todos os familiares e ao povo santa-mariense, gaúcho e brasileiro", diz a nota.

O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, informou que o plano de combate a incêndio da casa está vencido desde agosto de 2012. Já a Polícia Civil afirmou que a casa estava com o alvará de funcionamento vencido também desde o ano passado, mas estava em processo de renovação.

A boate Kiss era uma das principais casas noturnas da cidade e era famosa por receber estudantes universitários. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, o fogo começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador, que atingiu o teto.

O guitarrista da banda Gurizada Fandangueira, Rodrigo Lemos Martins, também disse à Folha que o fogo começou depois que o sinaleiro (chamado por ele de "sputinik") ter sido aceso. Um segurança da casa e o vocalista da banda tentaram apagar o incêndio, afirma o guitarrista, porém o extintor não funcionou.

VELÓRIO

Um ato ecumênico, em homenagem às vítimas do incêndio da Boate Kiss, está previsto para ocorrer na manhã desta segunda-feira em Santa Maria (RS). A celebração será feita pelo arcebispo da cidade, dom Hélio Adelar Rupert no CDM (Centro Desportivo Municipal), onde acontece um velório coletivo das vítimas.

Durante a madrugada, cerca de 40 corpos ainda eram veladas no ginásio. Segundo autoridades, apenas um corpo, de uma mulher, ainda não havia sido identificado. Oito corpos, já identificados, ainda não tinham sido procurados pelas famílias e foram transferidos para caminhões refrigerados.

O enterro da maior parte das vítimas deverá ocorrer no cemitério municipal, onde o Exército já trabalhava desde ontem para abrir as covas, mas ainda não há previsão de horário. Muitos corpos foram levados para outras cidades próximas a Santa Maria e para Porto Alegre (RS).



Fonte: FOLHA.COM

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