Por Ulisses Pompeu – de Marabá
Passada a eleição, moradores de Marabá começaram a conviver com lixo espalhado nas ruas porque funcionários da empresa responsável pela coleta (Leão Ambiental) entraram em greve para tentar receber salários atrasados. O problema se agravou, o lixo começou a incomodar ainda mais e o prefeito veio a público nesta segunda-feira, dia 15, dizer que a culpa era da Leão Ambiental, que “fazia corpo mole” para realizar seu papel.
Lixo Boa Esperança (29)Diante disso, a Leão rugiu forte e enviou uma nota à Imprensa, informando que enfrenta dificuldades financeiras por causa do não pagamento dos serviços por parte da prefeitura, mas afirma que, apesar desse atraso, superior a oito meses, vem efetuando todos os esforços para manter os serviços de limpeza de acordo com ordem de serviço da Administração Pública, cumprindo suas obrigações contratuais”.
A nota finaliza dizendo que “houve um acúmulo de resíduos durante o final da campanha eleitoral, porém a situação está sendo regularizada apesar da falta de pagamento”.
Em seu comunicado, a Leão Ambiental não cita valores, mas, pelo que foi amplamente divulgado à época da assinatura do contrato, a Prefeitura de Marabá pagaria R$ 1.800.000 mensalmente pela prestação dos serviços e, nessa média, a dívida já estaria em R$ 14.400.000,00.
No último final de semana, a população de alguns bairros começou a protestar e a fechar algumas ruas com lixo, queimando os detritos em via pública. Na rede social Facebook, uma pessoa lançou a campanha”Ponha Lixo na Frente da Prefeitura” e em poucas horas mais de 120 pessoas já tinham compartilhado a ideia.