Dois atentados contra prédios dos serviços de segurança neste
sábado mataram pelo menos 27 pessoas, em sua maioria civis, em
Damasco. Quase cem ficaram feridas. O anúncio foi feito pelo ministro
da Saúde da Síria, Wael al-Halaqi. De acordo com a imprensa oficial,
carros-bomba foram usados nos ataques.
Segundo a televisão estatal síria, os ataques tiveram como
alvos a sede da polícia criminal e um centro de informação da Força
Aérea. Um militante do comitê de coordenação da revolução de Damasco,
Abu Muhanad al Mazzi, declarou à agência France Presse que a primeira
explosão aconteceu às 7h30 (2h30 de Brasília). A segunda, mais forte,
aconteceu poucos minutos depois.O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou em um comunicado que vários membros das forças de segurança morreram e outros ficaram feridos nas explosões. A oposição acusa o governo de Bashar al-Assad de estar por trás de vários atentados que acontecem no país desde o início das revoltas populares, há um ano. A violência já provocou a morte de mais de nove mil pessoas.
Nova coalizão
Cinco grupos de oposição anunciaram neste sábado a formação de uma nova coalizão, independente do Conselho Nacional Sírio (CNS), que reuniria todas as tendências. O anúncio confirma as dificuldades dos opositores de al-Assad em formar uma frente única.
Ainda sem nome e com objetivos ainda não definidos, o novo grupo reúne o liberal Movimento Nacional pela Mudança, o islâmico Movimento pela Pátria, o Bloco pela Liberação e pelo Desenvolvimento (sob comando de uma poderosa tribo), o Bloco Nacional Turcomeno e o curdo Movimento por uma Nova Vida.
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