quarta-feira, 28 de março de 2012

Duciomar admite corrupção em seu governo

Do jornalista CARLOS MENDES, o Espaço Aberto recebeu por e-mail, sob o título acima:

Pera lá, gente. Já passou dos limites o deboche do prefeito Duciomar Costa com essa "obra" do BRT. Quem mora em Ananindeua está levando até uma hora e meia para chegar a Belém. Aqueles cones, reduzindo o tamanho da pista na Almirante Barroso e na Augusto Montenegro, piorou o que já era muito ruim. O trânsito não flui, as pessoas se irritam dentro dos ônibus e quem está nos automóveis buzina feito louco.
Está faltando uma autoridade que honre as calças (ou melhor, a toga) que veste e acabe com essa bandalheira. No programa do Mauro Bonna, na segunda-feira, o Duciomar bateu todos os recordes de cinismo ao falar de uma Belém que só existe na cabeça dele.
Para ele, as ruas estão todas asfaltadas e iluminadas. As praças são bem cuidadas, não há lixo na cidade. Enfim, Belém vive no melhor dos mundo possíveis. Fico pensando, aqui, com os meus botões, se esse cinismo é doentio mesmo, ou se o prefeito está tirando sarro com a cara de todos nós.
Duciomar - isso, pelo menos, já deu para perceber - é um mentiroso que acredita nas próprias mentiras que pronuncia. Já nem se preocupa mais em parecer ridículo perante seus munícipes. Dá sempre a impressão de que está nas nuvens. Lépido e faceiro, transita entre o grotesto e o patético. Percebi isso ano passado, durante uma entrevista coletiva do Palácio Antonio Lemos.
Lá pelas tantas, empolgado com as lentes das câmeras e as repórteres bonitinhas que o entrevistavam, Duciomar dava a impressão de que a qualquer momento sairia voando do gabinete, como aquele personagem do Redbull, cheio de asas. Resolvi aplicar um eletrochoque no prefeito para ver se ele acordava.
De sopetão, fiz a seguinte pergunta: "prefeito, tem muitas denúncias de corrupção no seu governo, por que o senhor não demite todos os corruptos?".
A resposta de Duciomar provocou risos dentro do gabinete: "se eu fosse demitir todos os corruptos, não ficava ninguém nessa prefeitura". Não me contive e ataquei: "nem o senhor, prefeito?". E Duciomar, com aquela aura de santo sacana: "ninguém".
Este é o homem que senta na cadeira que um dia foi ocupada por Antonio Lemos. Duciomar, convenhamos, está fazendo história na prefeitura de Belém. Até uma frase de Abraham Lincoln ele faz desmanchar-se no ar: "pode-se enganar a todos por algum tempo, mas não a todos por todo tempo".
Ele, na verdade, engana os que se deixam enganar. Os que poderiam ter cassado seu mandato, no TRE. As provas eram cristalinas, fartas, mas a maioria dos juízes, "cegos" pelo fascínio de Dudu, não viram o que todo mundo viu. Não puniram o prefeito. Puniram uma cidade inteira.
Não vou nem falar das mais de 20 ações que tramitam contra ele na Justiça Federal. Nem outras tantas que acalentam o sono e a morosidade perversa de alguns juízes estaduais. Duciomar, como diria o ex-ministro Rogério Magri, é imexível. Eu completaria: intocável. Até quando, não sei. Sinceramente. Você aí, sabe?
Tem um programa que passa em uma canal fechado que se chama "O Encantador de Cães". Pois Duciomar é o "Encantador de Bestas". Nós.

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