sábado, 24 de dezembro de 2011

Caso Adriano: segurança diz que arma não estava com jogador




Rio - O tenente da reserva da Polícia Militar Júlio Cesar Barros de Oliveira, de 52 anos, chefe de segurança do jogador Adriano, afirmou durante seu depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), neste sábado, que a arma estava com ele, e não com o atleta, quando houve o disparo acidental que atingiu Adriene Cirilo, de 20 anos, que estava no carro. Segundo Oliveira, ele estava dirigindo o BMW do jogador quando tirou a arma da cintura e a pistola disparou. “Não emprestei a arma a ninguém. Foi um acidente”, disse Júlio Cesar. O caso aconteceu na saída da boate Barra Music, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada deste sábado.
Contudo, esta versão contradiz a análise dos peritos, que encontraram o projétil alojado no forro da porta atrás do banco do motorista. Até o momento, o jogador não compareceu à delegacia para depor. Caso não compareça espontaneamente, Adriano será intimado.
Amigas de Adriano comparecem à delegaciaDe acordo com o PM Amilton Outeiro Dias, responsável pela anotação da ocorrência no hospital, Adriene e uma amiga, identificada como Viviane, contaram que Adriano estava com a arma quando ela disparou e atingiu a mão esquerda da Adriene. Num primeiro momento, Adriene chegou a afirmar que teria sido vítima de bala perdida.
Amigas de Adriano comparecem à delegacia
O tenente da Silva, do 31º BPM, confirmou a versão. “Fui interpelado por uma testemunha que estava dentro do carro do jogador. Me parece que ele estava com arma de fogo na mão, e quando foi retirar o carregador, apontou de uma forma imprudente, vindo a atingir a vítima”, contou.
Adriano negou participação no acidente. Entre amigos, o atacante do Corinthians garante que Adriene estava brincando com a arma no banco de trás do carro quando acidentalmente disparou contra a própria mão. Adriene teve fratura na mão e passará por cirurgia.
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Além de Adriene e Adriano, outras quatro pessoas estariam no veículo. A arma, uma pistola .40 que é de uso exclusivo das Forças Armadas, seria do tenente da reserva da Polícia Militar Júlio Cesar Barros de Oliveira.
O jogador disse aos seus amigos que está tranquilo e só não foi depor para evitar a imprensa no local. Um dos seus amigos, Vinícius Jack, disse que uma amiga da vítima está tentando usar o incidente para se promover. Segundo a testemunha, que não estava no mesmo carro, a arma do segurança estava debaixo do banco da frente e Adriene tentou pegá-la.
"Na hora de ir embora, conforme o carro foi andando, a arma escorregou para trás. A menina, na inocência, foi devolver a arma para o segurança e, sem saber, apertou o gatilho", disse o amigo de Adriano. "A Adriene tem essa amiga que está querendo se promover. Ela sabe que o Adriano vende jornal".
Histórico polêmico
Ex-jogador do Flamengo e da seleção brasileira, Adriano coleciona um histórico de polêmicas. Em março de 2010, ele e mais 10 jogadores rubro-negros estariam num baile funk na favela da Chatuba quando sua então noiva Joana Machado apareceu. Indignada com a situação, ela teria lançado pedras contra os carros do jogadores. Na ocasião, alguns jornais apontaram que os traficantes da favela tiveram que conter Joana.
Em maio do mesmo ano, o jornal "O Dia" divulgou fotos de Adriano segurando um fuzil e fazendo o símbolo "CV" com as mãos, em alusão ao Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio de Janeiro. Ele foi investigado por associção com o tráfico de drogas.

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