terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sindicância pode ser aberta, diz direção do hospital onde a mulher trabalha. Responsável pelo condomínio informou que seringas foram retiradas.

Do G1 DF
Contra ladrões, médica põe seringas que teriam sangue com HIV em muro de casa (Foto: Reprodução/TV Globo)Contra ladrões, médica põe seringas que teriam
sangue com HIV em muro de sua residência
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (22), por meio de nota, que a médica responsável por fixar seringas na grade de casa e escrever em um cartaz “Muro com sangue HIV positivo – não pule”, será encaminhada para avaliação clínica quando retornar às atividades no Hospital Regional do Paranoá.
Segundo a Secretaria de Saúde, a médica está em abono anual e retorna às atividades nesta terça-feira (23). De acordo com a Lei 1.303, o servidor tem direito a cinco dias de abono ao ano, quando não tiver mais de cinco faltas injustificadas no período de um ano.
A direção do Hospital Regional do Paranoá, onde a médica trabalha, informou que, caso a servidora tenha se apropriado de material que pertence à secretaria, será aberto um processo de sindicância para apurar os fatos.
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) também afirmou que irá apurar a ação da médica. Segundo o CRM, a médica poderá receber penalidade que pode ir desde a advertência à cassação do exercício profissional. O conselho adiantou que a atitude da médica apresentou indícios de infração ao Código de Ética Médica.
 
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Cartaz colado em grade de casa do condomínio RK, em Sobradinho, avisa sobre seringas que teriam sangue com HIV (Foto: Reprodução/TV Globo)Cartaz colado em grade de casa do condomínio
RK, em Sobradinho, avisa sobre seringas que
teriam sangue com HIV
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Para o presidente do CRM-DF, Iran Augusto Cardoso, se a ortopedista retirou as seringas do hospital, ela adquiriu inapropriadamente o material. Segundo Cardoso, ao expor as seringas, a médica colocou em risco a saúde dos moradores vizinhos.
A síndica do condomínio RK, Vera Barbieri, contou que as seringas foram retiradas da grade da casa da médica no sábado (20) à noite. No entanto, o cartaz que informa “Muro com sangue HIV positivo – não pule” continua no local. Ainda segundo a síndica, a médica teria colocado o material na grade na quinta-feira (18).
Vera afirmou que a Vigilância Sanitária foi acionada ainda no sábado, mas disse que não poderia fazer nada em relação ao assunto. Nesta segunda-feira, a Vigilância Sanitária solicitou que a síndica encaminhasse o nome completo da médica, para que ela possa ser responsabilizada.
“Estamos agindo em termos administrativos. A Vigilância Sanitária disse que, para a conclusão dos encaminhamentos necessários ao caso, precisamos repassar os dados”, contou.
A síndica ainda informou que a médica foi notificada pelo condomínio no sábado e deverá pagar multa de R$ 180. “A moradora tem cinco dias para corrigir os problemas. Caso contrário, a multa poderá subir”, explicou Vera.
“A situação extrapola a capacidade do condomínio de notificá-la. É um assunto mais amplo, é uma ameaça à sociedade. Se uma pessoa portadora vir uma coisa dessa no muro de uma casa, se torna algo constrangedor, é discriminatório”, completou a síndica.

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