"O Brasil é o País onde tudo se resolve na amizade", diz Barbosa, que descarta candidatura
Ministro destacou que pretende ficar na presidência do Supremo até novembro
Joaquim Barbosa descarta concorrer a um cargo político em 2014
Nelson Jr./SCO/STF
Na entrevista, concedida a um canal de TV paga, ele foi questionado se realmente sairia do Supremo para se candidatar a um cargo político.
— Por enquanto não. Não agora. Eu disse em uma entrevista recente que eu descartava de um dia me lançar na vida política. Mas não para estas eleições de 2014.
Em abril termina o prazo para o ministro se filiar a um partido e disputar as próximas eleições de outubro.
Segundo o ministro, esta iniciativa, de se lançar na vida política, não o "emocionou". Barbosa ainda destacou que pretende exercer a presidência do supremo até o final do mandato, que se encerra em novembro deste ano.
— Sim, pretendo ficar mais um tempinho aqui. Tenho ainda quase 11 anos [como ministro do STF], mas vou decidir o que fazer nos próximos meses.
Barbosa pode continuar na Corte até completar a idade de 70 anos.
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Barbosa ainda comentou o sentimento de ataque constante às pessoas que atuam em cargos públicos, como ele.
— O que eu noto no Brasil é um processo paulatino de erosão das instituições. E esse "apedrejamento" [das pessoas em cargos públicos] parece fazer parte disso.
Ainda sobre as críticas, o ministro foi enfático.
— Na visão de muitos, eu não sirvo pra nada.
A maneira como muitas coisas são solucionadas no Brasil também é alvo das críticas de Barbosa.
— O Brasil é o País dos conchavos, é o País onde tudo se resolve na base da amizade. E eu não suporto nada disso.
O presidente do Supremo aproveitou para rebater a maneira como é retratado, como figura frágil e exemplo de superação.
— Ao contrário do que dizem aí ao meu respeito, dessa história de "menino pobre, filho de um pedreiro que ascendeu na vida", eu acho tudo uma bobagem.
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