Dois casos suspeitos de febre causada pelo vírus Ébola em Serra Leoa
Dois casos suspeitos de febre causada pelo vírus Ébola foram registados na Serra Leoa, país vizinho da Guiné-Conacri, o epicentro de um surto da doença, anunciou hoje o ministério da Saúde de Serra Leoa.
«Na segunda-feira, nós fomos informados de casos suspeitos no distrito de Kambia (norte), na fronteira com a Guiné-Conacri», mais ainda não foram confirmados, declarou Brima Kargbo, médico chefe e responsável do ministério da Saúde de Serra Leoa, à imprensa em Freetown.Segundo Kargbo, um dos casos suspeitos é um jovem de 14 anos, que provavelmente morreu há duas semanas na Guiné-Conacri e o seu corpo foi transportado para sua aldeia, na região de Kono.
O segundo caso suspeito foi identificado na região de Cambia, mas a pessoa está viva, indicou Brima Kargbo, sem dar mais detalhes.
«Nós não temos casos confirmados do Ébola no país. O que temos são casos suspeitos e as nossas equipas de saúde no terreno estão a realizar investigações e a recolher amostras das pessoas que entraram em contacto com estes casos suspeitos», sublinhou.
«É a primeira vez que tal ameaça sobre a saúde do país cruza as nossas fronteiras. Em todo o caso, nós estamos prontos e em estado de alerta no caso de a doença ser diagnosticada no país», declarou ainda.
Na Libéria, foram detetados seis casos suspeitos, cinco dos quais morreram, informou, na segunda-feira, o ministro da Saúde do país, Walter Gwenigale.
Na Guiné-Conacri, o ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicaram, em comunicado, que o país «registou, entre o mês de janeiro e 23 de março, um número total de 87 casos suspeitos de febre hemorrágica viral, dos quais 61 morreram», sobretudo no sul do país.
As primeiras análises a amostras recolhidas, efetuadas no Instituto Pasteur de Lyon, em França, mostraram que esses casos de febre no sul da Guiné-Conacri se deveram ao vírus Ébola, que provoca uma febre altamente contagiosa, vómitos e diarreia que matam a maioria das vítimas.
Testes de laboratório mostraram também que um homem que esteve na Libéria e regressou ao Canadá, com sintomas consistentes provocados pelo vírus do Ébola, não está infetado com a doença.
«Eu posso confirmar que o teste (do Ébola) foi negativo», disse Michael Bolkenius, porta-voz da ministra da Saúde canadiana, Rona Ambrose.
O Mali, Costa do Marfim, Gâmbia e Guiné-Bissau estão em alerta e a realizar uma monitorização para evitar que a doença chegue até às suas fronteiras.
Diário Digital com Lusa
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