Egito condena 529 membros da Irmandade Muçulmana à morte
Após a destituição de Mohammed Morsi, as manifestações de apoio ao Presidente destituído sucederam-se um pouco por todo o Egito
MAHMOUD KHALED/AFP/Getty Images
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Um tribunal da província do sul do Egito,
Minya, condenou esta segunda-feira à pena de morte 529 membros da
ilegalizada Irmandade Muçulmana devido ao assassinato de um polícia,
tentativa de assassinato de outros dois e ataque a uma esquadra da
polícia, entre outros actos de violência.
"O tribunal decidiu sentenciar à pena de morte 529
arguidos e absolveu 16", afirmou o advogado de defesa Ahmed al-Sharif à
agência Reuters.
Os advogados de defesa indicaram à agência Associated
Press que a sentença foi decidida após apenas duas sessões, onde dizem
não ter tido oportunidade de apresentarem os seus casos.
Arguidos presos durante confrontos após destituição de Morsi
Apenas 123 arguidos estiveram presentes, tendo os restantes sido julgados à revelia. A sentença poderá ser alvo de recurso.
A maioria dos arguidos foi presa durante os confrontos
que ocorreram na província de Minya, após as forças da ordem terem
desmantelado no Cairo dois campos de protesto da Irmandade Muçulmana, a
14 de agosto.
Após a destituição do Presidente Mohamed Morsi, em
julho, centenas de membros da Irmandade Muçulmana foram mortos e
milhares presos pelas forças de segurança.
A Irmandade Muçulmana foi ilegalizada e considerada um grupo terrorista.
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