Integrantes
do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam na manhã da quinta-feira a
Estrada de Ferro Carajás (EFC) na altura da cidade de Açailândia, a 445
quilômetros de São Luís. A Vale informou que cerca de cem pessoas
participaram do movimento, já o MST diz que 2 mil participaram do ato.
Além da EFC, os sem
terra também interditaram a estrada vicinal que dá acesos às obras de
duplicação da ferrovia, considerada hoje uma das maiores obras de
logística da Vale. O projeto foi orçado em torno de R$ 4 bilhões.
Segundo o MST, cerca de 700 funcionários que trabalhavam na obra foram
impedidos de trabalhar na parte da manhã.
A interdição começou às
8:10 horas e terminou por volta das 10 horas. Por causa do protesto, o
trem de passageiros que parte de São Luís em direção a Parauapebas, com
passagem em Açailândia, ficou retido por alguns minutos. Depois da
manifestação, conforme comunicado oficial da Vale, o trem seguiu seu
curso normal.
Segundo o MST, os
moradores dos assentamentos Novo Oriente, Francisco Romão, Planalto I e
II e do acampamento João do Vale, da zona rural de Açailândia
protestaram contra um eventual não cumprimento de contrapartidas e
acordos de compensação financeira por conta da duplicação a EFC
acordadas entre moradores destas comunidades com a prefeitura Municipal
de Açailândia e a Vale.
Os acordos foram feitos
há dois meses, conforme o MST. O prefeito em exercício de Açailândia,
Antônio Erismar (PT), nega qualquer descumprimento de acordo com os
manifestantes e afirma que alguns projetos como escolas já estão sendo
implementados pelo Município.
A Vale informou que
“repudia atos arbitrários que interrompem a circulação dos trens de
passageiros e de carga, causando prejuízos aos usuários” e informou que
“adotará as medidas jurídicas cabíveis”.
As informações são do repórter Wilson Lima, do IG.
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