sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MST interdita obras e Estrada de Ferro Carajás no Maranhão


Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam na manhã da quinta-feira a Estrada de Ferro Carajás (EFC) na altura da cidade de Açailândia, a 445 quilômetros de São Luís. A Vale informou que cerca de cem pessoas participaram do movimento, já o MST diz que 2 mil participaram do ato.
Além da EFC, os sem terra também interditaram a estrada vicinal que dá acesos às obras de duplicação da ferrovia, considerada hoje uma das maiores obras de logística da Vale. O projeto foi orçado em torno de R$ 4 bilhões. Segundo o MST, cerca de 700 funcionários que trabalhavam na obra foram impedidos de trabalhar na parte da manhã.
A interdição começou às 8:10 horas e terminou por volta das 10 horas. Por causa do protesto, o trem de passageiros que parte de São Luís em direção a Parauapebas, com passagem em Açailândia, ficou retido por alguns minutos. Depois da manifestação, conforme comunicado oficial da Vale, o trem seguiu seu curso normal.
Segundo o MST, os moradores dos assentamentos Novo Oriente, Francisco Romão, Planalto I e II e do acampamento João do Vale, da zona rural de Açailândia protestaram contra um eventual não cumprimento de contrapartidas e acordos de compensação financeira por conta da duplicação a EFC acordadas entre moradores destas comunidades com a prefeitura Municipal de Açailândia e a Vale.
Os acordos foram feitos há dois meses, conforme o MST. O prefeito em exercício de Açailândia, Antônio Erismar (PT), nega qualquer descumprimento de acordo com os manifestantes e afirma que alguns projetos como escolas já estão sendo implementados pelo Município.
A Vale informou que “repudia atos arbitrários que interrompem a circulação dos trens de passageiros e de carga, causando prejuízos aos usuários” e informou que “adotará as medidas jurídicas cabíveis”.
As informações são do repórter Wilson Lima, do IG.

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