quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Cristina Kirchner é operada para retirar tumor na tireoide


Cirurgia envolve incisão no pescoço e deve durar de duas a três horas

Presidente argentina está no hospital Austral, que foi cercado por simpatizantes que manifestam seu apoio Presidente argentina está no hospital Austral, que foi cercado por simpatizantes que manifestam seu apoio (Marcos Brindicci / Reuters)
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está sendo operada na manhã desta quarta-feira para retirar um tumor da tireoide. A cirurgia acontece no hospital de Austral, na cidade de Pilar (a 50 quilômetros ao norte de Buenos Aires), onde foi instalado um forte esquema de segurança depois que simpatizantes fizeram fila na noite de terça-feira em frente ao local com cartazes dizendo “Força Cristina”.
A operação começou pouco antes das 8h30 (horário local, 9h30 em Brasília), e deve durar de duas a três horas. Depois da cirurgia, que envolve uma incisão no pescoço, Cristina deverá ficar em repouso por 72 horas. Segundo o médico oncologista Santiago Zund, que integra a equipe envolvida na operação, o prognóstico da presidente é “positivo”.

Cristina, que ficará afastada do governo durante 20 dias, passou a terça-feira descansando em Buenos Aires, depois de ter passado o Ano-Novo em El Calafate com seus filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 24. Enquanto ela estiver ausente, o seu vice, Amado Boudou, assumirá a função de presidente.

O câncer de Cristina foi anunciado em 27 de dezembro pelo governo argentino. Ela é a quinta presidente latino-americana diagnosticada com câncer recentemente. Além dela, há o ditador da Venezuela, Hugo Chávez, que retirou um abcesso na pélvis em 2011, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz sessões de radioterapia para curar um tumor na laringe, a presidente Dilma Rousseff, que se curou de um câncer linfático, e o paraguaio Fernando Lugo, que venceu o mesmo tipo de câncer.Os médicos acreditam que a presidente argentina, de 58 anos, poderá se recuperar plenamente e levar uma vida normal depois de submeter-se à operação. Ela possui o tipo mais comum de câncer na tireoide.

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