sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Testemunhas depõem sobre morte de jovem atropelada por PMs em MT

Jovem morreu atropelada na madrugada de sábado em Alta Floresta.
Policiais envolvidos vão depor na terça-feira (27), diz PM.

Kelly Martins Do G1 MT
Acidente ocorreu na madrugada deste sábado (17) em Alta Floresta (Foto: Nativa News)Acidente ocorreu na madrugada do dia 17, em Alta Floresta, e vítima  morreu na hora. (Foto: Nativa News)
Cinco pessoas já foram ouvidas no inquérito aberto pela Polícia Militar para investigar o atropelamento de uma jovem, de 22 anos, que morreu após ser atingida por um carro da polícia, em Alta Floresta, a 800 quilômetros de Cuiabá. O acidente ocorreu no último dia 17, quando Natália Marina de Carli Canhos estava em frente a uma casa noturna com um grupo de amigos. O veículo era ocupado por policiais.
Policiais militares que estavam na viatura tiveram somente ferimentos leves. (Foto: Nativa News) O tenente Roberto Menegotto, responsável pelas oitivas, disse ao G1 que testemunhas prestaram esclarecimentos nesta sexta-feira (23) e também no dia anterior. Ele informou ainda que os dois policiais militares que estavam no carro serão ouvidos na próxima terça-feira (27). Um dia depois do atropelamento os oficiais foram afastados das ruas e estão exercendo funções administrativas.
De acordo com a Polícia Civil do município, que registrou o boletim de ocorrência, a jovem estava sozinha na beira da avenida e iria atravessar para o outro lado da via, onde fica a boate. Naquele momento, o veículo da PM a atingiu e, em seguida, bateu na traseira de outro carro.
A viatura, ainda de acordo com a Polícia Civil, havia passado em um quebra-molas, provavelmente em alta velocidade, e perdeu o controle atingindo a jovem a aproximadamente 80 metros depois. Ela foi arremessada para o meio da pista.
Policiais militares que estavam na viatura tiveram somente ferimentos leves. (Foto: Nativa News)
A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de chegar à unidade. Já os policiais que estavam no veículo tiveram somente ferimentos leves.
O tenente da PM contou que foram arroladas no inquérito 11 pessoas, sendo cinco policiais militares e seis testemunhas que presenciaram o fato. O comandante regional, Mauro Anselmo Moraes Ribeiro, frisou ao G1 que as investigações são sigilosas, mas que o trabalho está sendo realizado com transparência. “Estamos apurando o caso com todas as diligências necessárias, pois, o objetivo concluí-lo o mais rápido possível”, explicou.
O inquérito tem o período de 40 dias para ser finalizado podendo ser prorrogado por mais 20 dias. O comandante também ressaltou que os policiais militares não estavam alcoolizados e ambos portavam carteira de habilitação. Ele apontou ainda que os soldados são novos na profissão, porém, têm experiência para trabalhar na rua.
Homenagem
Cerca de 200 pessoas participaram na quarta-feira (21) de uma passeata organizada pela família da jovem, como forma de protesto, pedindo justiça. “O protesto, que contou com o reforço do comércio, que fechou as portas, é para cobrar providências das autoridades para que a morte da garota não seja esquecida e os culpados sejam punidos”, disse o tio da jovem, Daeson Di Carlli, ao G1.
A passeata começou por volta das 15h no local onde ocorreu o acidente, na avenida Ariosto da Riva, região central da cidade. Os manifestantes passaram pelo Comando Regional da Polícia Militar e pela igreja Matriz.

Nenhum comentário:


Fornecido Por Cotação do Euro