sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mãe de piloto Luiz Razia está entre os presos na operação Terra do Nunca


Esquema lidava com aquisição de papéis públicos para grilagem de terras

Foto: Divulgação
Luiz Razia é piloto de testes da Fórmula 1
Da Redação

Além de Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, Ana Elizabete Vieira Santos, mãe do piloto de testes da F-1 Luiz Razia, também foi presa na operação Terra do Nunca, deflagrada na manhã desta sexta-feira (2) pela Polícia Civil da Bahia.

Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de prisão e de busca e apreensão. O esquema lidava com aquisição de papéis públicos para grilagem de terras no município de São Desidério, no oeste do estado, a 887 km de Salvador.

Segundo informações de bastidores, Ana Elizabete passou mal ao saber que seria presa e precisou ser levada ao hospital mais próximo. Ela é ex-tabeliã e vive na cidade de Barreiras.

Investigadores e promotores continuam as buscas no Ofício de Registro de Imóveis de São Desidério e no Tabelionato do 2º Ofício de Notas da Comarca de Barreiras, nos quais os servidores são alvo de vários inquéritos policiais, tendo como base falsificação de documento público, falsidade ideológica, corrupção ativa e formação de quadrilha.

A operação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público da Bahia e de Minas Gerais, além das polícias Civil de Minas e São Paulo.

As investigações, que duraram 17 meses, foram coordenadas pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin) e presididas pelo delegado Carlos Ferro, titular da Delegacia Territorial (DT) de São Desidério. Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Gabriel Moraes Gomes, da comarca de São Desidério.

O iBahia entrou em contato com Ana Elizabete por telefone, mas conseguiu apenas falar com seu marido, cujo nome é o mesmo do piloto baiano, seu filho. Aparentando estar tranquilo, Luiz Razia disse que estava em casa enquanto sua mulher presta depoimento. Segundo ele, Ana Elizabete deixou se ser tabeliã há três anos e foi detida apenas para esclarecimentos. "Eu também devo ser chamado para depor. Mas está tudo tranquilo. Assim que acabar o depoimento dela, ela volta para casa".  

Mas, de acordo com a assessoria da Polícia Civil, há sim um mandado de prisão preventiva contra Ana Elizabete. Ela somente será liberada se os investigadores acharem que ela prestou todos os esclarecimentos. Caso contrário, fica à disposição da justiça.

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