quarta-feira, 2 de julho de 2014

Surto mais recente do vírus Ébola já causou 467 mortos, diz OMS

Surto mais recente do vírus Ébola já causou 467 mortos, diz OMS

Surto mais recente do vírus Ébola já causou 467 mortos, diz OMS

O número de pessoas que morreram na África Ocidental após contágio com o vírus Ébola ascende já às 467, anunciou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na véspera da reunião de alto nível sobre a epidemia, marcada para quarta-feira, no Gana, a OMS indica ter contabilizado 759 casos de infeção nos três países que, até agora, registaram casos de Ébola: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
O último balanço que a agência das Nações Unidas para a saúde deu a conhecer, a 23 de junho, contabilizava em 399 os mortos e 635 os casos de infeção.
Na semana passada, a OMS reconheceu que a atual epidemia de Ébola na África Ocidental é a mais grave registada até agora, tanto pelo número de pessoas infetadas e de mortos, como pela ocorrência geográfica em três países em simultâneo.
A OMS reconheceu que a epidemia não está controlada e ativou a rede de alerta global, que integra agências internacionais, governos, universidades e outras entidades, apelando ainda a especialistas de diversas áreas que viajem para aqueles três países para ajudar a conter a propagação do vírus.
Ainda assim, a OMS não vê razões para restringir as viagens ou as relações comerciais com os países afetados pelo vírus.
A Cruz Vermelha admitiu hoje que a epidemia do Ébola pode vir a espalhar-se aos países vizinhos, como a Guiné-Bissau, que faz fronteira com a Guiné-Conacri.
O Ébola -- nome do rio na República Democrática do Congo onde o vírus foi detetado pela primeira vez, em 1976, ainda aquele país se chamava Zaire -- transmite-se por contacto direto com o sangue, fluidos corporais e tecidos de sujeitos infetados, provocando febres hemorrágicas que podem ser fatais.
Após um período de incubação entre 02 e 21 dias, os infetados sofrem um brusco aumento da temperatura, acompanhado por fadiga intensa, dores musculares, dores de cabeça e dores de garganta. Seguem-se vómitos, diarreias, erupções cutâneas, desidratação, insuficiência renal e hepática e hemorragias internas e externas.
Não existe tratamento nem vacina para combater a infeção, cenário que faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos. Desde 1976, o Ébola causou a morte de pelo menos 1.200 pessoas, entre 1.850 casos detetados. Os surtos mais fortes registaram-se na República Democrática do Congo, em 1976 (318 casos), 1995 (315 casos) e 2007 (264 casos), no Sudão, em 1976 (284), e no Uganda, em 2000 (425 casos).
Diário Digital com Lusa

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