Relatório registra 73 suicídios de índios em MS, recorde em 28 anos
Aliny Mary Dias
Índios
da etnia Guarani-Kaiowá vivem situação de miséria, como a registrada em
aldeia de Paranhos, ao sul do Estado (Foto: João Garrigó/Arquivo)
Um
relatório produzido pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e que
reúne dados de violência sofrida por povos indígenas de todo o país
aponta que no ano passado 73 indígenas cometeram suicídio em Mato Grosso
do Sul, o número é o maior dos últimos 28 anos. O relatório completo
está sendo lançado na manhã desta quinta-feira (17) na sede da CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.
Ainda segundo dados do conselho, o número de suicídios praticamente triplicou nos últimos dez anos, já que entre 1986 e 1997 foram registrados 244 suicídios no Estado e nos últimos 13 anos o número saltou para 684 mortes.
As lutas judiciais sobre posse de território também é assunto do relatório. Conforme o Cimi, durante todo o ano passado apenas a Terra Indígena Kayabi, situada no Pará, foi homologada pelo Governo Federal, mas o procedimento demarcatório ainda não foi concluído. A média do atual Governo é de 3,6 homologações por ano.
O documento ainda traz dados sobre conflitos territoriais, invasões e exploração ilegal de recursos naturais, violências contra a pessoa e por omissão do poder público. A íntegra do relatório deve ser divulgada ainda hoje.
Veja Mais
› Mato Grosso do Sul tem a 3ª maior taxa de suicídios do Brasil, diz Saúde
› O suicídio entre os Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul
De
acordo com o documento, a situação registrada nas aldeias do Estado em
2013 é preocupante. Os 73 casos de mortes provocadas no ano passado
equivalem a uma média de um suicídio a cada cinco dias. De todos os
índios que tiraram a própria vida, 72 deles eram da etnia Guarani-Kaiowá
e tinham entre 15 a 30 anos.› Mato Grosso do Sul tem a 3ª maior taxa de suicídios do Brasil, diz Saúde
› O suicídio entre os Kaiowá e Guarani em Mato Grosso do Sul
Ainda segundo dados do conselho, o número de suicídios praticamente triplicou nos últimos dez anos, já que entre 1986 e 1997 foram registrados 244 suicídios no Estado e nos últimos 13 anos o número saltou para 684 mortes.
As lutas judiciais sobre posse de território também é assunto do relatório. Conforme o Cimi, durante todo o ano passado apenas a Terra Indígena Kayabi, situada no Pará, foi homologada pelo Governo Federal, mas o procedimento demarcatório ainda não foi concluído. A média do atual Governo é de 3,6 homologações por ano.
O documento ainda traz dados sobre conflitos territoriais, invasões e exploração ilegal de recursos naturais, violências contra a pessoa e por omissão do poder público. A íntegra do relatório deve ser divulgada ainda hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário