O horror, o horror
A cena, horrível, ocorreu ontem à tarde, no canteiro central da BR-316, em Marituba.
Adolescente de 16 anos e um comparsa, de 29, pararam uma van que ia para Castanhal e anunciaram o assalto.
Armados de faca e revólver, começaram a roubar objetos e dinheiro dos passageiros.
O motorista foi o primeiro a reagir.
Reagindo, tirou a faca do adolescente.
Os dois travaram luta corporal.
Na confusão, cerca de dez passageiros atacaram o menor infrator.
Golpeado com a própria faca, ele caiu, praticamente morto, no canteiro central da BR-316.
Algumas pessoas que estavam na rua viram o jovem correr e ainda prestaram-lhe socorro, mas vítimas do assalto impediram que a ajuda prosseguisse.
O comparsa fugiu.
É um horror que adolescentes, cada vez com maior frequência, se envolvam em crimes violentos e ameacem a vida de inocentes.
É um horror que crimes hediondos sejam praticados por quem quer que seja, inclusive adolescentes.
E um horror que inocentes, mesmo em legítima defesa, ataquem, matem e trucidem.
É um horror imaginarmos que todos afundamos, cada vez mais, num ambiente de salve-se quem puder.
É um horror a violência, que não poupa ninguém e instila inclusive em inocentes indefesos a noção de que, encontrando-se todos nós imersos na selvageria sem controle, estaríamos permanentemente acobertados por álibis que a selvageria chancela e funda como princípios imutáveis, como a velha máxima de que "bandido bom é bandido morto".
É um horror a violência que se dissemina na Grande Belém.
É um horror a violência - qualquer uma.
O horror.
O horror.
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