quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ofensiva aérea de Israel terá provocado pelo menos 27 mortos na Faixa de Gaza

Ofensiva aérea de Israel terá provocado pelo menos 27 mortos na Faixa de Gaza

Exército israelita diz que está disposto a "usar todos os meios".
Ofensiva de Israel em resposta ao Hamas deixa 27 mortos na Faixa de Gaza
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Ofensiva de Israel em resposta ao Hamas deixa 27 mortos na Faixa de Gaza / EPA
Com o cenário de uma ofensiva terrestre israelita a tornar-se cada vez mais provável, agrava-se o conflito na faixa de Gaza, onde, segundo os serviços de emergência palestinianos, 27 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na sequência de bombardeamentos lançados por Israel. A ação foi justificada como uma resposta aos mais de 130 foguetes disparados ontem pelos militantes do Hamas: "O Hamas vai pagar um preço pesado pelo seu ataque a milhões de civis israelitas", disse a Força de Defesa Israelita no Twitter.
Já esta noite, violentas explosões foram registradas em Jerusalém, pouco depois de as sirenes terem soado na cidade, informaram jornalistas da AFP no local.

O braço armado do movimento islâmico palestino do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, reivindicou disparos de "rockets" contra Jerusalém, Tel Aviv e Haifa.

Segundo as últimas informações, foram convocados 40 mil militares israelitas na reserva, apesar de o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ter exigido que Israel "pare imediatamente os ataques em Gaza", pedindo "calma".

Também o Governo egípcio divulgou uma nota, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual pediu o cessar da violência na região, manifestando "preocupação profunda" pela situação que se tem vindo a verificar nos territórios palestinianos nas últimas horas.

A diplomacia egípcia instou a comunidade internacional a promover ações para deter o conflito e assumir responsabilidade por não ter feito "esforços necessários para conseguir uma solução para a causa palestiniana". 

Já a Casa Branca emitiu uma declaração condenando o lançamento de "rockets" e manifestou apoio a Israel, que os EUA consideram ter o direito de se defender "contra esses ataques viciosos".

As 27 mortes de hoje surgem horas depois de Israel anunciar o início da Operação "Limite Protetor", que visa acabar com os disparos contra o sul do país e destruir a infraestrutura militar do Hamas. Entre os mortos nos ataques estão quatro membros do Hamas que morreram na cidade de Gaza, quando seu carro foi atingido. Um dos mortos era Mohammed Shaaban, um militante sénior.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu deu instruções às forças militares do país para se prepararem para todos os cenários, incluindo uma ofensiva terrestre. 

"Estamos a preparar-nos para uma batalha contra o Hamas, que não vai acabar dentro de poucos dias", disse em comunicado, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, acrescentado que Israel está "preparado para estender as operações" e "usar todos os meios" à sua disposição, a fim de continuar bombardeando os militantes de Hamas. 

A recente escalada acontece depois do assassínio de três adolescentes israelitas na Cisjordânia, que foram raptados e assassinados. O exército levou então a cabo uma grande acção contra o Hamas. 

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