O resultado da pesquisa, além de apontar um
tratamento para diminuir o declínio cognitivo das pessoas afetadas pelo
Alzheimer ou demência, também acena para o desenvolvimento de uma nova
economia para o Pará, como fornecedor de matéria-prima e sede de
laboratórios farmacêuticos e fitoterápicos. O secretário de Estado de
Ciência, Tecnologia e Inovação, Alberto Arruda, contou que a substância
foi patenteada nos Estados Unidos, e que essa patente é dividida entre o
Governo do Estado e a UFPA.
A previsão de faturamento com o medicamento
proveniente do Cumarú é de US$ 170 bilhões, valores comparados aos
rendimentos das minas de ferro de Carajás. A descoberta já atrai os
olhares para a região. Na tarde desta quinta-feira, 19, o governador
Simão Jatene recebeu os representantes da empresa Cristália, de produtos
químicos e farmacêuticos.
“Temos interesse em firmar parceria para
desenvolvimento de novos produtos a partir da biodiversidade amazônica.
Estamos avaliando alguns produtos do banco genético da UFPA dentro do
nosso conselho científico e estamos discutindo uma parceria com o
Parafarma que está sendo criado aqui”, afirmou Ricardo Pacheco,
vice-presidente técnico científico de novos negócios da Cristália.
No encontro, o governador Simão Jatene reiterou o
interesse do Estado em parcerias que possam fomentar o desenvolvimento
tecnológico e a geração de renda. Jatene disse ainda que o momento atual
é propício para a constituição efetiva do laboratório público
Parafarma, destinado à pesquisa e ao desenvolvimento de biofármacos no
Estado do Pará. Ao final do encontro, o governador solicitou à Cristália
que apresente formalmente a forma como pretendente firmar essa
parceria.
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