Ataques deixam 103 mortos na RD do Congo
(AFP)
Kinshasa — Cento e três pessoas morreram nos ataques realizados na segunda-feira nas cidades de Kinshasa e Lubumbashi, a segunda maior cidade da República Democrática do Congo, de acordo com um balanço oficial divulgado nesta terça-feira.
"O balanço é pesado, muito pesado (...) O balanço definitivo desta ofensiva terrorista é de 103 mortos, incluindo 95 terroristas e 8 elementos das Forças Armadas da RDC", declarou Lambert Mende, porta-voz do governo durante uma coletiva de imprensa.
Segundo esta fonte, não havia nenhum policial ou militar "no bando de terroristas" que realizou os ataques.
Entre os agressores, "quarenta e nove corpos de um total de 52 encontrados em Kinshasa já passaram pela necrópsia realizada pelos serviços forenses", segundo Mende.
"Uma coisa é certa: graças à introdução da identificação biométrica em nossas forças armadas e em nossas forças policiais, podemos afirmar com toda a certeza que não havia nenhum de nossos homens entre o bando de terroristas", afirmou.
Algumas fontes haviam evocado o envolvimento de membros do exército e da polícia nos ataques em Kinshasa e Lubumbashi.
O presidente da RDC, Joseph Kabila, desembarcou nesta terça-feira em Kinshasa procedente de Lubumbashi, um dia depois os ataques nas duas cidades.
O aeroporto internacional de Ndjili, a sede do Estado-Maior geral e o canal público de televisão foram atacados em Kinshasa por homens que afirmaram ser leais ao pastor Joseph Mukungubila Mutombo.
O pastor Joseph Mukungubila Mutombo, que se autoproclama "profeta da Eternidade" e que foi candidato à presidência em 2006, vencida por Kadila, estaria, segundo o porta-voz da presidência, em fuga.
"Evaporou-se", disse Mende, acrescentando que o pastor é considerado agora "um fugitivo".
"É que ele mesmo não acredita na justiça da causa que tenta atualmente reivindicar por telefonemas de um país vizinho ou de não muito longe do nosso país. Este senhor é um fugitivo, ele está em fuga", ressaltou.
Em uma carta aberta publicada em 5 de dezembro, Mutombo denunciou a má gestão do país e empregou um discurso de ódio contra Ruanda.
Além do balanço de mortos, o porta-voz indicou que mais de 150 agressores foram capturados.
"Mesmo que parcial, a identificação (dos agressores) permitiu estabelecer (...) que a maioria dos agressores são reincidentes e que repetidamente beneficiaram da anistia, o que nos obriga a aplicar neste momento a máxima extensão da lei", disse Mende.
"Será que eles merecem beneficiar da lei de anistia que está em preparação? Imediatamente eu digo 'não', em nome do governo. Eles já beneficiaram de uma lei de anistia, eles não terão outra chance", concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário