Cubanos de Mais Médicos receberão mesmo salário que ganham em Cuba
Valor será pago à Opas, que o repassará ao governo cubano.
Ministério da Saúde não sabe valor exato que será pago aos profissionais.
A declaração foi feita em uma reunião nesta quinta-feira (22) com representantes dos municípios de São Paulo sobre o programa federal.
Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou termo de cooperação com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) para contratar coletivamente 4 mil médicos de Cuba para atuar no Brasil.
“Nós não podemos pagar diretamente ao médico cubano. O governo cubano só aceita enviar médicos sob a forma de um acordo bilateral, e é isso o que está sendo feito”, disse Barbosa. Questionado sobre as declarações de entidades médicas brasileiras, que mostraram preocupação com as condições de trabalho dos profissionais cubanos, ele enfatizou que os médicos estão vindo para o Brasil voluntariamente.
Segundo Barbosa, o Brasil já recebeu médicos cubanos em situação parecida na década de 1990. “Cuba já faz esse tipo de cooperação há muito tempo. Já teve inclusive com o Brasil na década ade 1990 e em vários outros países do mundo. Eu desconheço qualquer caso em que os médicos cubanos se insubordinaram ou não trabalharam de maneira adequada. Pelo contrário. Quando trabalharam no Brasil, tendo a formação específica em atenção básica, eles prestaram um excelente trabalho.”
Barbosa afirmou que os profissionais cubanos têm pleno domínio da língua portuguesa e que o idioma não deve ser uma barreira para a atuação dos médicos. Quando chegarem ao país, farão nova avaliação e aqueles que não atenderem a todos os critérios serão automaticamente desligados do programa. “O programa não prevê ter um tradutor junto do médico na hora de prestar atendimento.”
Questionado sobre o risco de os médicos permanecerem no país após o programa, atuando sem a devida validação do diploma, o secretário assegurou que eles não terão validação plena para trabalhar no Brasil fora do contexto do Mais Médicos. “Isso, inclusive, é uma cegueira de algumas entidades médicas. Eles não tiram postos de médicos brasileiros”, disse.
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